CIDADE

Gestor das UPAs alerta para descaso com sintomas gripais: "estão perdendo o medo da Covid"

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 05/07/2021 às 11:21Atualizado em 18/12/2022 às 15:09
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Após atuar com lotação máxima e pacientes sendo atendidos nos corredores, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) apresentaram melhora significativa nesta segunda-feira (5). De acordo com o gestor das unidades, Márcio Dias, em entrevista à Rádio JM, hoje são sete pacientes aguardando leitos, número bem distante dos 44 registrados em um único dia na semana passada. Inclusive, neste mesmo período, as UPAs atuaram com 96 pacientes internados.

Esta diminuição está intimamente ligada à ampliação dos leitos no Hospital Regional e o manejo da estrutura disponível no Hospital de Clínicas da UFTM, diz Márcio Dias. Antes, existia um gargalo de atendimentos devido à não exclusividade do HC, que continua atendendo de “porta aberta” casos de urgência e emergência. Neste caso, o aumento repentino da demanda no HC esgotaria as vagas disponíveis para os casos das UPAs, e isso era traduzido nos relatos de pacientes regulados, mas não transferidos.

Destes sete pacientes aguardando transferência, dois continuam em situação de corredor, destinados a exames ou coleta de resultados, segundo Márcio. Ele comemora o número baixo de pessoas nesta situaçã “uma vitória”. Além disso, o gestor declara que o tempo de espera sempre existiu, mas que agora está voltando ao normal.

“Sempre teve uma espera. Ainda não conseguimos atingir a velocidade máxima de regulação e transferência. Não é possível regular em um dia e já ser transferido no outro, mas está voltando à normalidade”, declara Márcio, em entrevista ao Pingo do J.

Outro ponto questionado foi a eficiência da abertura da unidade específica para covid, a UMS Roberto Árabe, na diluição dos pacientes com síndrome gripal. Márcio Dias afirma que a unidade ajuda, mas “parece que as pessoas gostam das UPAs”. Ele diz também que há um certo descaso com as síndromes gripais.

“Primeiro é que os pacientes estão perdendo medo da síndrome gripal, da Covid. A unidade Roberto Árabe já está divulgada e ajudou muito nestes dias, mas no final de semana sempre há aumento da demanda de casos respiratórios. As pessoas acabam procurando as unidades na segunda-feira, quando deveriam ir às UBS. Quando o paciente está com quadro leve, com apenas falta de paladar, eles querem chegar na UPA para fazer os testes, quando deveriam ir às unidades básicas. A UPA continua ocupada sendo referência de urgência e emergência, mas o atendimento aumenta no final de semana”, declara o gestor das unidades.

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