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Odiodependência: vício em ódio –Conclusão

Condição importante: o odiodependente tem que se predispor ao tratamento, que segue os mesmos padrões

Fernando Vieira Filho
Publicado em 20/02/2019 às 20:47Atualizado em 17/12/2022 às 18:21
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Condição importante: o odiodependente tem que se predispor ao tratamento, que segue os mesmos padrões de um toxicodependente, isto é, tratamento psicológico com um bom terapeuta, que tenha uma visão holística/sistêmica (visão integral do ser humano), e também com um bom médico psiquiatra, para uma cobertura com medicação adequada, em situações que se fizerem necessárias, tais como o caso em que o paciente odiodependente esteja com sintomas de depressão aguda, na iminência de suicídio. 

É importante deixar claro que, em caso de depressão em fase aguda, a medicação farmacológica é necessária num primeiro momento, pois ela é fundamental para colocar “a casa interna” do paciente em ordem, trazendo, assim, uma estabilização emocional de forma rápida e eficaz. Desta forma, ele poderá dar início, através de um tratamento psicoterapêutico, à conscientização da emoção que o levou a “fazer” a depressão. Em minha prática psicoterapêutica, utilizo tratamentos complementares com Florais de Bach e Homeopatia, que, junto aos medicamentos alopáticos e à terapia, terão uma ação extremamente positiva na recuperação e harmonização emocional do paciente.

Assim, a meu ver, a etapa mais importante no tratamento da odiodependência é a conscientização do seu ódio, para que o indivíduo tome a decisão do perdão.

Voltando ao escritor irlandês Joseph Murphy, “salientam os médicos que essas pessoas doentes, que foram magoadas, maltratadas, enganadas ou prejudicadas, estão cheias de ódio e ressentimento contra os que as feriram. Isso provoca feridas inflamadas e supuradas em seus subconscientes. Só há um remédi elas têm que eliminar e descartar-se dos seus ferimentos e o único caminho seguro para isso é o perdão”.

Finalizando, lembre-se do que recomendou Jesus Cristo quando perguntaram a Ele sobre quantas vezes devemos perdoar um ofensor: “Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”. Com isso, imagino que o Cristo, como um grande conhecedor da alma humana, quis dizer que devemos perdoar quantas vezes se fizerem necessárias.

Afinal, o perdão que exercemos em relação a nós e aos outros é essencial para a nossa saúde, felicidade e sucesso. 

(*) Psicoterapeuta clínico, palestrante e escritor

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