ARTICULISTAS

Vésperas de Eleições

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 22/10/2018 às 07:09Atualizado em 17/12/2022 às 14:43
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Dois preciosos encontros marcaram a semana que findou. O primeiro foi a indescritível visita do juiz aposentado, escritor e cronista Dr. Jurandir Sebastião ao nosso escritório, que além da troca de ideias e ensinamentos que nos proporcionou, ainda nos presenteou com o livro de sua autoria “A Vida, o Mundo e o Direito”.

O segundo encontro, não menos agradável, foi marcado por uma reunião entre analistas políticos do grupo “Conexão Política”, onde foram feitas análises consistentes e bem fundamentadas sobre os caminhos já delineados e projeções da política, tomando por base o segundo turno que se dará no próximo domingo, assim como da relação dos candidatos eleitos ou não com os governos municipais.

Aproveitei o fim de semana para ler o livro “A Vida, o Mundo e o Direito”, dando uma parada para análise mais minuciosa no capítulo III, que, em forma de crônica, trata das mazelas do sistema eleitoral e da política partidária, extraindo dali, inclusive, o título deste artigo.

Ao ler esse capítulo, trazendo-o para o momento político atual, assim como acrescentando as observações feitas por membros do “Conexão Política”, cheguei, a princípio, a concluir que entre os eleitores e os candidatos há de tudo, como numa farmácia. Há cidadãos que se impõem pela cidadania para que haja uma democracia saudável e há outros indiferentes, preguiçosos, medrosos, passivos e imprestáveis, que somente buscam a perpetuação no poder.

Retive atenção especial no que concerne a obrigatoriedade do voto e, também a princípio, concluí que o voto obrigatório é poderosa arma da corrupção e por isso não acredito que possa ser afastado, por via legal, pois quem vota a lei a esse respeito são os próprios políticos, cuja esmagadora maioria não é exemplo de honestidade e dedicação ao interesse público.

Sabemos que a classe política está infestada de maus elementos, afastando as pessoas de bem que serviriam ao país, ao invés de se servirem da pátria, como fazem os maus políticos.

Tanto ao trocar ideias com Dr. Jurandir quanto as conclusões extraídas dos membros do Conexão Política, o que impera é que não devemos nos iludir com a esperança de que tudo isso mude, sem uma reforma eleitoral verdadeira, para um sistema eleitoral que realmente represente a vontade dos eleitores.

Mas... teremos que esperar muito tempo ainda, porque “qualquer mudança depende justamente dos parasitas que ainda maculam a política brasileira e, por isso, seria o mesmo que esperar que o dono da galinha dos ovos de ouro trocasse essa ave por outra que produzisse ovos normais”.

Resta somente esta semana para colocarmos a mão na consciência antes de irmos escolher os candidatos que vão governar o País e nosso Estado.

Que Deus nos abençoe com um pouco da mesma Sabedoria que deu a Salomão.

Marco Antônio de Figueiredo

Articulista e advogado

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