SAÚDE

Instituições particulares de ensino serão proibidas de comercializar lanches não saudáveis

Uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos estão com excesso de peso. No caso dos adolescentes, um em cada quatro

Michelle Rosa
Publicado em 19/05/2019 às 11:21Atualizado em 17/12/2022 às 20:55
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Foto/Divulgação

“Crianças e adolescentes precisam de um aporte calórico adequado”, diz a nutricionista Julia Lepri Longas Valadares

Ministério da Saúde aponta que, no Brasil, uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos (34,8%) estão com excesso de peso. No caso dos adolescentes, um em cada quatro (25,5%) também está nesta condição. Diante desses números, as instituições particulares de ensino estão proibidas, a partir do próximo mês, de comercializar lanches com frituras, doces e outras guloseimas no ambiente escolar. 

A iniciativa é do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que encaminhou um comunicado em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) às instituições privadas para informar sobre a proibição da venda.

Especialistas na área de nutrição enxergam com bons olhos a medida adotada pelo MP. “Essa decisão é bem importante, porque a escola acompanha os alunos em todas as etapas do desenvolvimento deles, como na infância, adolescência até a fase adulta, o que significa que eles passam mais tempo na escola do que em casa. Então, o ambiente escolar tem muita influencia na questão alimentação. Se for um ambiente que tem muito doce, muita fritura, acaba influenciando os alunos de forma geral. Então, esse processo de desenvolvimento requer certa quantidade de nutrientes, devido ao crescimento, ao gasto calórico, que nessa idade é um pouco maior. E, às vezes, o consumo desses nutrientes acaba ficando deficiente por conta do exagero desses alimentos muito calóricos, que têm excesso de açúcar e gordura”, explica a nutricionista Julia Lepri Longas Valadares.

A nutricionista ressalta, ainda, que a escola tem uma grande contribuição para que o indivíduo mantenha hábitos saudáveis, mas alerta que tudo começa em casa, com a rotina já estabelecida pela família.

“As crianças e adolescentes precisam de um aporte calórico adequado, porque elas têm um gasto calórico maior e estão em fase de desenvolvimento, por isso precisam comer bem e com qualidade, considerando que só os nutrientes saudáveis podem suprir essa necessidade orgânica. Por isso, é importante começar desde cedo a melhorar os hábitos alimentares, evitando os industrializados, porque isso reflete no combate à obesidade, diminui os riscos de doenças cardíacas e de outras enfermidades que podem aparecer na fase adulta em decorrência de maus hábitos alimentares”, finaliza a doutora.

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