Cuidado com emocional ajuda no tratamento do câncer

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A descoberta de um câncer pode ser um dos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa. Além dos fatores físicos já conhecidos, trazidos pela doença, os aspectos subjetivos, como incertezas sobre a cura e o tratamento, podem levar o paciente a muitas dúvidas e até a um desgaste emocional. Por isso, falar sobre o câncer e tratar a doença é um compromisso que envolve duas abordagens complementares: o lado físico e o emocional.

Isso porque, ao longo dos anos, os profissionais da saúde passaram a investir, cada vez mais, no tratamento humanizado dos pacientes. Para o cardiologista e coordenador do Centro de Prevenção de Câncer (Cenpre), Denilton da Silva Guedes Oliveira, a relação entre o físico e o emocional, no âmbito da saúde, passou a ficar mais próxima, principalmente após a Política Nacional de Humanização (PNH), lançada em 2003. Nessa época foram divulgadas e passaram a ser difundidas as diretrizes para o acolhimento ao paciente, a oferta de um ambiente de qualidade para o atendimento, além do próprio envolvimento entre o paciente e o médico.

No caso do câncer, especificamente, um levantamento, publicado recentemente pelo Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc), subordinado à Organização Mundial da Saúde (OMS), chama a atenção para a importância de se tratar o assunto sob essas perspectivas. De acordo com o estudo, um homem em cada cinco e uma mulher em cada seis no mundo vão desenvolver o câncer durante a vida, enquanto um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrerão da doença.

“O cuidado com o lado emocional é fundamental. Para isso, além da família e dos amigos, o próprio hospital que o acolhe pode participar ativamente desse processo e contribuir para a qualidade de vida do paciente”, aponta o médico.