SAÚDE

Diagnóstico precoce aumenta tempo de vida de pets com problemas renais

Embora não seja possível falar em prevenção, alguns cuidados podem melhorar a qualidade de vida de cães e gatos

Publicado em 16/03/2019 às 11:44Atualizado em 17/12/2022 às 19:03
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A campanha de conscientização para os cuidados com os rins dos humanos também se estende para o mundo animal. Segundo a Sociedade Internacional de Interesse Renal, estima-se que a doença renal crônica (DRC) afeta entre 0,5% a 1% dos cachorros e de 1% a 3% dos gatos.

Uma vez que o problema não tem cura e os sintomas demoram para aparecer, os veterinários alertam para a necessidade de exames periódicos a fim de identificar a doença precocemente. Com isso, é possível tratar a DRC adequadamente, dar uma melhor qualidade de vida para os animais de estimação e aumentar o tempo de vida deles.

O veterinário Alexandre Daniel, consultor da Elanco, explica que os gatos são mais propensos a ter essa doença por questões evolutivas da raça felina. "Eles vêm de regiões desérticas, com escassez de água, então o gato concentra muita urina e não são muito bebedores de água", diz.

Além disso, eles são bons em 'esconder' os sintomas. "Por natureza, por ser uma espécie solitária - exceto leões que vivem em bando -, ele oculta os sintomas, pois é um predador do topo da cadeia e, se demonstrar fraqueza, vira presa", explica Alexandre.

Outro motivo para os sintomas tardios é que a capacidade de reserva de néfrons dos gatos é muito grande, diz o especialista. Os néfrons fazem a filtração e formação da urina e são eles os afetados pela DRC. Mesmo quando são perdidos, o organismo dos felinos ainda consegue funcionar bem e isso faz com que os sintomas demorem mais para aparecer.

Por conta disso, Alexandre afirma que os tutores só vão perceber que o gato está com algum problema quando dois terços da funcionalidade renal é perdida. "Quando ele perde 75% dos néfrons, começa a ter alteração em exame de sangue", pontua.

Sem causa definida, a DRC apresenta, principalmente, os seguintes sintomas: aumento da ingestão de água e de urina. O gato pode ainda perder peso, ficar com apetite seletivo e, em casos mais graves, parar de comer.

Já nos cães cães é mais comum pelo fator idade avançada. Embora a doença comece a se apresentar no organismo a partir dos sete anos, os sintomas também demorar para se manifestar. Em filhotes, o caso pode ser genético.

Os sintomas incluem mau hálito, machucados na boca, perda de apetite, respiração ofegante e desidratação. Em alguns casos, convulsões podem ocorrer. Enquanto os gatos ficam constipados, os cachorros têm diarreia. O tratamento também é feito a partir dos sintomas. Muitas vezes, é preciso corrigir a alimentação para uma mais úmida e de melhor qualidade.

Embora não seja possível falar em prevenção, alguns cuidados podem melhorar a qualidade de vida de cães e gatos. Os especialistas indicam uma ração de boa qualidade, o estímulo a beber água e evitar alimentos tóxicos. Além disso, vale fazer check up a partir dos cinco anos, anual se não tiver doença e, de acordo com o grau, se estiver doente.

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