Adoçantes não emagrecem nem impactam positivamente a saúde

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Um estudo da Universidade de Harvard, feito à pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicado em janeiro, relata que adoçantes artificiais e de baixo valor calórico não produzem nenhum tipo de melhora em nenhum problema clínico substancial nos indivíduos. O debate está em voga por causa das altas quantidades de açúcares contidas em bebidas industrializadas ao redor do mundo.

A pesquisa analisou 56 estudos para saber o impacto do uso de adoçantes no peso, no controle glicêmico e em doenças cardiovasculares.

A conclusão do estudo foi que não há nenhuma diferença significativa no uso dos adoçantes no lugar do açúcar. Foram observados o impacto do produto baseado em parâmetros como a saúde bucal, doenças renais e cardiovasculares, câncer, níveis de açúcar no sangue, peso e índice de massa corporal (IMC) em adultos e crianças. A diferença é mínima até entre obesos, de acordo com os pesquisadores.

Não foram, contudo, encontrados efeitos colaterais do consumo da substância, ao contrário do que acontece com o açúcar. Os pesquisadores ainda alertam para a importância de mais estudos em longo prazo para analisar os efeitos sobre aspectos como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e renais.

Segundo o pesquisador Vasanti S. Malik, da Escola de Saúde Pública de Harvard, ensaios rigorosos mostram a importância de substituir bebidas açucaradas por outras alternativas, principalmente na redução do peso das crianças.

De uma forma ou de outra, portanto, a substituição por bebidas saudáveis, água ou até aquelas que contém adoçante, são essenciais para reduzir o risco do desenvolvimento de doenças como diabetes e problemas cardíacos. A formulação de políticas públicas, segundo o pesquisador, precisa ser atualizada constantemente para acompanhar a evolução do saber científico e das novas evidências sobre o tema.

Entre os principais adoçantes encontrados no mercado, estã Aspartame, Estévia, Frutose, Manitol e Sacarina. Para pais, merendeiros, cozinheiros e ingressantes em cursos de gastronomia é essencial que se tenha consciência e base de estudo sobre os danos causados por excesso no consumo de açúcares, adoçantes e similares.