SAÚDE

Índices de jovens e idosos soropositivos continuam crescendo, afirma infectologista

Para o especialista Rodrigo Juliano Molina, a melhor forma de prevenção ainda é pelos métodos de barreira, como a camisinha masculina e feminina

Letícia Morais
Publicado em 01/12/2018 às 09:10Atualizado em 17/12/2022 às 16:01
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Foto/divulgação

Infectologista Rodrigo Juliano Molina alerta que, apesar da redução, ainda há aumento da doença entre os jovens de 16 aos 30 anos

Nesse sábado, celebrou-se o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Números do Ministério da Saúde divulgados nesta semana mostram uma redução de 16% dos casos e óbitos por Aids no país, nos últimos quatro anos. De acordo com o médico infectologista Rodrigo Juliano Molina, mesmo com a redução, ainda há aumento da doença entre os jovens de 16 aos 30 anos.

O especialista revela que também seguem em crescimento os índices da doença em idosos. “Diferente do que se pensava antes, essa é uma população que é sexualmente ativa. Só que não se precavia quando jovem e, para eles, hoje é difícil fazer uso de métodos de proteção”, analisa Rodrigo.

A melhor forma de prevenção para todos os tipos de Infecção Sexualmente Transmissível (IST), como a sífilis, gonorreia e cancro, é por meio dos métodos de barreira: a camisinha masculina ou feminina. “Lembrando que, hoje, também temos disponível a Profilaxia Pré-Exposição, que é a PrEP, para pessoas vulneráveis não adquirirem o HIV”, detalha. Revela que, a partir de janeiro, Uberaba contará com o seu primeiro Ambulatório PrEP, pelo qual ele será responsável. “Na microrregião do Triângulo Mineiro, será o primeiro ambulatório a disponibilizar medicação truvada”, afirma.

Na fase mais aguda da infecção, Rodrigo Molina esclarece que o paciente pode apresentar aumento dos gânglios, febre e indisposição, quadro semelhante ao de uma virose. Ele reforça que os sintomas dependem de indivíduo para indivíduo. “Não podemos falar que haverá manifestações em oito ou dez anos, sendo que tem pessoa que apresenta em um ou dois anos”, pontua.

Rodrigo Molina considera que o Brasil conta atualmente com um arsenal terapêutico adequado, com evolução no tratamento e medicações. “Temos medicações de todas as classes disponíveis, como na Europa ou nos Estados Unidos. Às vezes, a gente não tem uma específica, mas temos a mesma medicação daquela classe”, destaca.

Por fim, Rodrigo reforça que uma pessoa soropositiva que está em tratamento pode ter uma vida normal, desde que tenha hábitos saudáveis.

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