SAÚDE

Estudo indica que 90% das cirurgias de retirada as amígdalas são desnecessárias

No total, foram considerados dados de mais de 1,6 milhão de pacientes

Publicado em 13/11/2018 às 20:12Atualizado em 17/12/2022 às 15:25
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Foto/ilustrativa

Você conhece alguém que já fez a cirurgia para retirada das amígdalas? Esse é um dos procedimentos mais realizados em todo o mundo, especialmente em crianças e adolescentes. No entanto, de acordo com um recente estudo, 9 em cada 10 operações para remoção das amígdalas das crianças podem ser desnecessárias.

As amígdalas são uma espécie de gânglios linfáticos localizados na parte lateral da garganta e na parte de trás da boca. Elas ajudam a manter bactérias e outros germes longe de locais em que possam causar infecções. Na infância, quando o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, esse órgão é essencial no combate de doenças.

Para pesquisa, especialistas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, analisaram um banco de dados com registros médicos de todo o Reino Unido entre 2005 e 2016 a respeito de pessoas com até 15 anos. No total, foram considerados dados de mais de 1,6 milhão de pacientes.

As principais indicações para cirurgia de retirada das amígdalas sã uma condição rara chamada PFAPA (que inclui não só inflamação nas amígdalas, mas também febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite cervical) ou um padrão de episódios graves e frequentes de dores na garganta por causa das amígdalas.

Contudo, a equipe descobriu que poucos dos casos analisados tiveram evidências claras de que a operação era necessária. Os resultados da investigação mostraram que apenas 11% das crianças apresentavam os sintomas realmente necessários para realizar a cirurgia de retirada das amígdalas.

Segundo o autor do estudo, Tom Marshall, o procedimento é realizado em excesso pois "não há realmente uma base de evidências que diga que eles vão ver um benefício. Os pacientes correm mais risco de ser prejudicados do que beneficiados".

Outra pesquisa divulgada em junho, mostrou que a retirada das amígdalas podem aumentar o risco de infecções respiratórias, como laringite, faringite e DPOC.

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