No Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, 22 de setembro, a Associação Brasileira de Halitose faz um alerta sobre as causas da halitose e a necessidade de manter hábitos preventivos
No Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, celebrado em 22 de setembro, a Associação Brasileira de Halitose faz um alerta sobre as causas da halitose e a necessidade de a população manter hábitos preventivos contra o problema. De acordo com a entidade, pelo menos 50 milhões de brasileiros, o que representa 30% da população do país, sofrem com o mau hálito. O índice faz com que essa questão seja de saúde pública no Brasil, já que a halitose pode causar dificuldades socioemocionais, depressão e dificuldade nas relações interpessoais, além de poder estar associada a outro problema de saúde.
Para o odontólogo Luis Henrique Borges, o ponto mais importante é que o alto índice do problema está diretamente relacionado ao fato de que a halitose geralmente é fruto de um descuido com a higiene bucal. “Se há descuido com a higienização, na manutenção dos dentes, gengiva e língua, com certeza a pessoa desenvolverá o processo de halitose. E é recomendável procurar o profissional odontológico a cada 6 meses para uma limpeza profunda da boca, mesmo que não tenha nenhum problema visível. Quem tem mau hálito sabe que ele causa dificuldades no relacionamento social, e quem convive com uma pessoa com halitose geralmente não tem coragem de falar do problema, por isso é importante dar liberdade ao seu dentista de confiança a falar sobre o assunto. Pergunte a ele, mencione que sente um gosto estranho na boca e se ele é causado por mau hálito”, afirma o dentista.
No entanto, o especialista explica que o mau hálito pode ter mais de 60 tipos de causas diferentes. Entre as mais comuns está o diabetes, em virtude de a doença interferir na geração de salivação, provocando a sensação de boca seca. Luis Henrique Borges cita ainda a presença de cáries e de placa bacteriana nos dentes, bem como a ocorrência de doenças gengivais. “É bom lembrar que a placa bacteriana é o início de uma inflamação gengival mais grave, que, se não cuidada pelo profissional de odontologia, pode evoluir até ao cálculo, não regredindo sem a intervenção mais agressiva de um cirurgião-dentista”, revela.
Outras causas relacionadas ao mau hálito são jejum prolongado, hábitos de alimentação inadequados, alterações no padrão salivar, sinusites, fumo, uso de drogas e ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros. Por isso, o tratamento da halitose pode ser multidisciplinar, mas, como cerca de 90% dos casos de halitose são de origem bucal, o profissional de primeira escolha no diagnóstico e tratamento do mau hálito deve ser um dentista.