SAÚDE

Tomar vacina oral e injetável contra pólio aumenta imunidade

Estudo publicado na revista Science afirma que tomar vacina contra pólio nas formas oral e também injetável pode aumentar a imunidade

Thassiana Macedo
Publicado em 29/08/2014 às 18:35Atualizado em 17/12/2022 às 08:56
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Estudo publicado na revista “Science” afirma que tomar vacina contra a poliomielite nas formas oral e também injetável pode aumentar a imunidade infantil contra a doença. As duas opções são usadas de forma independente em diversas partes do país, mas pesquisadores resolveram testar as duas vacinas em mil crianças no norte da Índia, desde bebês até meninos e meninas de 10 anos. O estudo foi feito em 2011, último ano em que o país registrou um caso de pólio. Todas receberam uma dose da vacina em gotas contra a pólio e outra na forma injetada, como reforço.

Quatro semanas mais tarde, pôde-se constatar que as aplicações em agulhas agiram com melhor eficácia na imunidade intestinal das crianças do que lhes dar novamente a vacina em gotas. Um estudo semelhante em 450 crianças no sul da Índia, no ano passado, chegou à mesma conclusão. A Organização Mundial de Saúde informa que a estratégia de combinação já está começando a ser usada em campanhas de vacinação em massa em algumas áreas atingidas por conflitos e em países em desenvolvimento.

O importante, na verdade, é vacinar. Ana Paula de Oliveira, referência técnica estadual em Poliomielite, destaca que, conforme o calendário de imunização, toda a criança deve ser vacinada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço deve ocorrer aos 15 meses e todos os anos o Sistema Único de Saúde promove campanhas para a vacinação de crianças menores de cinco anos. “A Poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um enterovírus denominado poliovírus 1, 2 e 3. Caracteriza-se por um quadro de paralisia flácida de início súbito, resultante da destruição dos neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal. Adultos podem desenvolver uma forma branda da doença, não causando sequelas”, frisa.

Ana Paula alerta ainda que a transmissão ocorre através do contato direto com pessoas contaminadas. “As pessoas não imunizadas são suscetíveis a contrair a doença, sendo que a infecção natural ou a vacinação conferem imunidade duradoura. As manifestações clínicas devido à infecção pelo poliovírus são muito variáveis, indo desde infecções sem causa aparente até quadros de paralisia severa, podendo evoluir para óbito. A forma paralítica mais grave acomete mais as crianças, daí o nome paralisia infantil”, ressalta.

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