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Quem é que não tem vontade de fazer um belisquinho aqui e outro acolá durante momentos de tédio e falta do que fazer na quarentena? Um docinho, uma bolachinha, um pedacinho de bolo… Mas o hábito é resultado de confusão comum entre a fome e a vontade de comer.
“Nesse contexto de distanciamento social, observamos o surgimento dos cozinheiros da quarentena. Muitas pessoas voltaram a cozinhar em suas casas ou começaram a se interessar pelo assunto. O ato de cozinhar é uma ferramenta terapêutica, traz conforto, nutre e une pais e filhos. Mas, cuidado! Variações de peso nesse período são até esperadas, mas precisamos tomar algumas precauções para não chegar ao ponto de prejudicar nossa saúde”, alerta a médica nutróloga Mariana Argente.
Para evitar os prejuízos à saúde do excesso de ingestão alimentar, a nutróloga explica que pequenas atitudes, como hidratar-se corretamente e a ingestão de bons alimentos, são essenciais. “Muitas vezes confundimos sede com fome, principalmente nos períodos de baixas temperaturas”, explica.
Mariana Argente ainda orienta que alguns alimentos devem fazer parte da nossa rotina alimentar diária, como frutas e fibras, folhas e vegetais e proteínas, que, além de ricos em nutrientes, ajudam na sensação de saciedade. “Se for comprar doces, alimentos gordurosos ou bebidas alcoólicas, compre em pequenas quantidades. Isso evita o abuso nos momentos de maior estresse”, aconselha.
Outra dica preciosa é colocar o esqueleto para mexer. “Dance em casa, pule corda, brinque com as crianças. Nosso corpo não foi feito para ficar parado”, diz a nutróloga. Por fim, Mariana Argente reforça a dica mais importante: “Tente diferenciar fome de ansiedade. Ao sentir tédio, nervosismo, faça uma videochamada, assista a um filme, inicie algum curso online. E, na hora de cozinhar, procure receitas saudáveis, porque isso pode ser o início de bons hábitos que levaremos para a vida toda”, pondera.