Tratamento simplificado de varizes melhora pós-operatório

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Para pessoas sedentárias ou com problema vascular, a recomendação de Silvio Prudêncio é o uso de meias elásticas

O surgimento de varizes é um problema recorrente, principalmente entre as mulheres. Cerca de 80% das mulheres na faixa etária dos 50 anos têm varizes. Este surgimento pode acontecer devido à gravidez, obesidade e ao sedentarismo associado a fatores genéticos.

De acordo com o angiologista Silvio Prudêncio, o tratamento de varizes pode ser simplificado, como explica o angiologista e cirurgião vascular. “Os tratamentos se desenvolveram muito e o grande ganho nesta evolução foi a simplificação. Atualmente, não é mais via de regra realizar o procedimento cirúrgico tradicional para a retirada de veias. Existem alguns métodos que podem substituir a cirurgia ou se associarem a ela: a cirurgia a laser, a escleroterapia convencional, com espuma ou a laser, e a radiofrequência. A vantagem desses procedimentos é a ausência ou minimização de anestesia em parte delas, o que propicia a recuperação mais rápida e diminui riscos e custos”, explica.

O especialista ressalta que a própria cirurgia sofreu avanços importantes, tornando-se muito menos invasiva. O laser e a radiofrequência, como instrumentos de uma cirurgia de varizes, diminuíram em muito o trauma cirúrgico do arrancamento de veias, encurtando muito a volta às atividades habituais. “Na escleroterapia com espuma, uma solução de esclerosante, de 0,25 a 3%, é dinamizada com ar ou CO2 e injetada na veia, causando um processo cicatricial mínimo na parede interior. Isso causa o fechamento da via e, por consequência, impede a circulação do sangue por caminhos doentes e aparentes”, afirma o médico.

A escleroterapia a laser age da mesma maneira na veia, tendo como diferença o meio utilizado é a energia luminosa. “O calor gerado inflama suavemente a parede interior do vaso, resultando no fechamento da via. Já a aplicação por radiofrequência associa-se à escleroterapia convencional, utilizando o metal da agulhinha como eletrodo e disparando uma corrente elétrica imperceptível, que potencializa o resultado de vasinhos difíceis”, destaca Prudêncio. Por fim, a Crioescleroterapia utiliza glicose hipertônica (75%) intensamente resfriada em geladeira especial, que, injetada nos vasos, tem a mesma função das anteriores.

Para pessoas sedentárias que têm predisposição à formação de trombos e para aquelas que já possuem algum problema vascular de veias, a recomendação do médico Silvio Prudêncio é o uso de meias elásticas compressivas necessariamente. “As meias compressivas garantem melhora considerável da circulação sanguínea de retorno, porém, devem ser indicadas por um angiologista, para que não haja erro na hora de comprá-las ou ajustá-las”, completa.