O número dos casos de dengue não para de crescer em todo o país. Só no estado de Minas Gerais foram registrados 8.586 casos de pessoas infectadas com a doença, tendo sido confirmadas duas mortes em Uberaba.
Com o intuito de proteger os filhos, pais têm usado os repelentes de forma indiscriminada. Porém, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta serem necessários alguns cuidados antes de escolher os produtos para aplicar na pele das crianças.
Os repelentes são divididos em dois tipos, os sintéticos e os naturais. Nesse sentido, orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a escolha a partir da fórmula do produto, sendo recomendada a consulta a um dermatologista antes da aplicação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) autoriza os seguintes princípios ativos nos produtos:
Icaridina (KB3023): é permitido o uso no Brasil em crianças com mais de 2 anos de idade, sendo que a concentração deve ser de 25%; a proteção dura entre 8 e 10 horas.
DEET: se a concentração for até 10%, pode ser utilizado crianças a partir de 2 anos, não podendo ser aplicado por mais de 3 vezes ao dia em crianças até 12 anos.
IR 3535 30%: tem seu uso permitido pela Anvisa somente para crianças acima de 6 meses, sendo que seu período de proteção é de 4h.
Para bebês com menos de seis meses, é altamente não indicado o uso de substâncias na pele, devendo ser usados apenas mosquiteiros e roupas protetoras, além da instalação de telas nas janelas e portas e deixar o ambiente refrigerado, uma vez que a preferência dos mosquitos é por calor e umidade.
O uso de repelentes naturais não é indicado sobretudo por sua alta volatilidade, o que resulta em efeito de pouca duração. Ademais, eles não têm garantia de proteção contra o Aedes aegypti.