SAÚDE

Cardiologista lança tratado sobre a estimulação cardíaca artificial

Trata-se da publicação mais completa sobre o assunto em todo o mundo, o que significa que o Brasil está tão avançado nesse quesito quanto os países desenvolvidos

Thassiana Macedo
Publicado em 12/12/2014 às 19:27Atualizado em 17/12/2022 às 02:14
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A estimulação cardíaca artificial é hoje a melhor alternativa terapêutica para um grande número de bradiarritmias e taquiarritmias e o conhecimento sobre o tema é indispensável para a redução da mortalidade. Nesta área, o cardiologista uberabense Celso Salgado de Melo acaba de lançar a 5ª edição atualizada do Tratado de Estimulação Cardíaca Artificial, livro que reúne estudos com profundidade sobre o uso do marca-passo.

De acordo com Celso Salgado, a bradiarritmia é um grupo enorme de distúrbios do ritmo, sendo a redução da frequência do coração o transtorno mais evidente. “Ela se associa a sintomas incapacitantes, como tonturas, vertigens, desmaios, falta de ar, cansaço, palpitações e inchaço nas pernas e abdome. Esse transtorno é solucionado com o implante de marca-passo, aparelho que aumenta a frequência do coração. Já a taquicardia ou taquiarritmia é um transtorno do ritmo em que há um aumento acentuado da frequência cardíaca, com sintomas de palpitações, vertigens, dor no peito e grande risco de morte súbita”, explica.

Por isso, entre os pontos mais importantes demonstrados pelo tratado está a consolidação das técnicas de implante dos novos dispositivos eletrônicos cardíacos e a grande evolução tecnológica dessas próteses. “O paciente com sintomas é encaminhado por um médico cardiologista ou clínico geral, que já o submeteu a alguns exames cardiológicos convencionais, como eletrocardiograma, Holter 24 horas – que realiza a gravação do ritmo cardíaco – e teste ergométrico, que já deram pistas sobre as mudanças e anormalidades do ritmo cardíaco”, destaca Salgado. Ele ressalta que, só depois, a necessidade do implante do marca-passo é avaliada.

Mesmo com tantos conhecimentos, o médico lembra que as arritmias ainda são responsáveis por tantas mortes no país. “Mas a cada dia sabemos mais como diagnosticá-las e tratá-las melhor. No passado, havia muitas mortes súbitas e que não eram diagnosticadas. Um fator importante é que as pessoas estão vivendo mais, o que possibilita uma maior incidência de doenças do ritmo cardíaco”, afirma. Por isso, a principal maneira de evitar a participação nessas estatísticas é a prevenção. “As orientações são aquelas das prevenções tradicionais das doenças cardíacas, como evitar fumo, sedentarismo, estresse, obesidade e níveis elevados de colesterol. Fazer exercício físico, levar uma vida sem muitas contrariedades e fazer os exames preventivos uma vez ao ano, depois dos 35 anos de idade, também são atitudes muito importantes”, completa o cardiologista.

Com 62 capítulos escritos por renomados especialistas da área de maior resolução no tratamento das cardiopatias, Celso Salgado busca ainda homenagear grandes médicos uberabenses ligados à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), como Humberto de Oliveira Ferreira, Randolfo Borges Júnior, Ézio De Martino, Lineu José Miziara, Edson Luiz Fernandes, Sylvio Pontes Prata e Romes Cecílio.

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