SAÚDE

Traumas cerebrais podem provocar casos de epilepsia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia pode ser tratada em 70% dos casos, mas três quartos das pessoas acometidas não recebem tratamento adequado

Thassiana Macedo
Publicado em 11/12/2014 às 19:08Atualizado em 17/12/2022 às 02:17
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Dados da Federação Brasileira de Associações de Pessoas com Epilepsia indicam que 5% da população no mundo poderá ter um episódio de epilepsia ao longo da vida. No Brasil, cerca de dois milhões de pessoas apresentam essa crise. A epilepsia é uma síndrome caracterizada pela alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, indicando que um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável, causando reações físicas conhecidas como crises epilépticas.

As crises duram alguns segundos ou minutos e variam de um caso para outro, podendo ser acompanhadas por diversas manifestações clínicas, como contrações musculares, mordeduras da língua, salivação intensa, sensação de “desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a epilepsia pode ser tratada em 70% dos casos, mas três quartos das pessoas acometidas vivem em países em desenvolvimento e não recebem tratamento adequado.

Segundo o neurologista Luiz Eduardo Betting, a epilepsia é um problema frequente, sendo que no Brasil ela afeta duas pessoas a cada 100. “As crises epiléticas podem ter uma série de sintomas, ou seja, a manifestação clínica é variável dependendo do local do cérebro em que ela acontece. Na realidade, trata-se de uma falha no funcionamento cerebral, que leva às crises epiléticas”, afirma.

O médico ressalta, ainda, que as causas da epilepsia também são muito variadas. “Então, elas podem ser desde doenças hereditárias, congênitas, até doenças adquiridas. Qualquer problema que afete o cérebro pode levar à epilepsia. Por exemplo, um trauma ou uma batida de cabeça, claro que com uma intensidade, em geral, mais acentuada, mas também uma infecção, um tumor cerebral ou um derrame. Todas as doenças que afetam o cérebro podem levar à epilepsia”, explica Luiz Eduardo.

O neurologista alerta que quem sofre de crises de epilepsia deve ter uma vida o mais saudável possível. “Ou seja, dormir bem, evitar o estresse e a ansiedade, o que em geral é difícil no mundo de hoje; deve tomar o remédio adequadamente, sem pular dias, e, principalmente, evitar a ingestão de bebida alcoólica, substância que provoca crises epiléticas”, alerta.

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