SAÚDE

Mamografia permite diagnóstico mais precoce do câncer de mama

Revista The Lancet publicou, na última semana, estudo Concord-2, que mostra que taxa de sobrevivência para o câncer de mama no Brasil aumentou de 78%, em 2000, para 87%, em 2005

Thassiana Macedo
Publicado em 07/12/2014 às 16:50Atualizado em 17/12/2022 às 02:21
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A revista inglesa The Lancet publicou, na última semana, o estudo Concord-2, que mostra que a taxa de sobrevivência para o câncer de mama no Brasil aumentou de 78%, em 2000, para 87%, em 2005. Também na semana passada, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) lançou o Atlas da Mortalidade 2014, que apresenta os valores brutos e taxas de mortalidade causadas pelos diferentes tipos de câncer no Brasil, até 2012.

Segundo o documento, o câncer de mama, que tem a maior taxa de mortalidade entre as mulheres, chegando a 12,1 mortes para cada 100 mil habitantes, apresentou pouca variação nos últimos dez anos. O índice passou de 72,5, em 2003, para 75,19, em 2012, índice avaliado pelo Instituto como estável, considerando correções do crescimento e envelhecimento da população.

O estudo também aponta que, para rastrear a doença, a mamografia ainda é o exame mais eficiente, pois a detecção precoce do tumor e início ágil do tratamento aumentam as chances de cura. Entre os anos de 2010 e 2013, houve aumento de 51,1% nos exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em mulheres de 50 a 69 anos.

Na avaliação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), o resultado deve-se ao esforço que as organizações não governamentais brasileiras têm feito para aumentar a conscientização para o diagnóstico precoce, mas só haverá avanço nesses índices se houver mais investimento na saúde. Uma das possibilidades para que isso aconteça é a aprovação do Projeto Saúde + 10 (PEC 321/13), que tramita na Câmara dos Deputados em regime de urgência e obriga a União a investir na saúde pública 10% de sua receita corrente bruta.

De acordo com o mastologista José Ricardo Rodrigues, a mamografia ainda é o melhor padrão de exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. “Pela mamografia, é possível detectar a presença de algum nódulo ou, ainda, as microcalcificações, tanto benignas quanto malignas. Na grande maioria dos casos, as microcalcificações são o estágio inicial para a formação do nódulo. Então, é possível fazer um diagnóstico antes mesmo da formação do nódulo. A dica é o exame de mamografia anual em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade e, acima dos 50 anos, faixa etária em que o câncer de mama é muito mais frequente, o exame pode ser acompanhado por uma ultrassonografia, ressonância magnética ou cintilografia mamária, dependendo do caso”, orienta o médico.

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