Possibilidade de desenvolver o problema é maior durante verão

No verão, a possibilidade de formar cálculo renal é maior. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a incidência da doença aumenta em torno de 20% durante esta época do ano. O médico urologista Alysson Roberto Bruno Junqueira de Moraes explica que isso ocorre devido à transpiração excessiva e, também, à maior perda de líquidos pelo organismo. Sendo assim, a melhor forma de prevenção no verão é a hidratação.

De acordo com o especialista, entre os sintomas mais comuns da doença estão dor e hematúria, ou seja, presença de sangue na urina. “A dor é considerada uma das piores na história da medicina. Trata-se de dor intensa, em cólica, de início abrupto, localizado na região lombar e com irradiação para flanco e as genitais. Geralmente, a pessoa fica agitada, sem posição de melhora e procura o pronto-socorro para administrar analgésicos endovenosos. Concomitante à dor, a pessoa pode apresentar a ocorrência de vômitos”, alerta.

Para cada tipo de cálculo, há uma abordagem específica como prevenção e tratamento, segundo o urologista. “Se o paciente tiver algum distúrbio metabólico, interferir na dieta, por exemplo, pode ser a melhor solução. Em geral, as medidas de prevenção são hidratação através de ingestão de dois a três litros de água por dia, redução de ingestão de sal e ainda uma dieta menos rica em proteína”, afirma o médico.

Quem já teve cálculo renal tem 50% de chance de desenvolver a doença novamente nos próximos cinco anos. Portanto, para evitar a formação de novos cálculos, Alysson de Morais ressalta que a pessoa pode recorrer a tratamento farmacológico e não farmacológico. “Os cálculos de ácido úrico, por exemplo, podem ser tratados por meio de dissolução química com alcalinização da urina, com medicamentos e dietas restritas de purinas, como carnes, sardinha e anchova, ou de grãos, como ervilha, grão-de-bico e lentilha”, informa o especialista.