SAÚDE

Diabético de qualquer idade pode fazer uso da contagem de carboidrato

O diagnóstico do diabetes infantil e adulto é realizado por meio da aferição dos níveis de glicemia, via exame de sangue, em jejum

Thassiana Macedo
Publicado em 18/11/2014 às 19:30Atualizado em 17/12/2022 às 02:40
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O diagnóstico do diabetes infantil, assim como o adulto, é realizado por meio da aferição dos níveis de glicemia, via exame de sangue, em jejum. Resultados menores que 100 mg/dL são considerados normais; entre 100 e 125 mg/dL são classificados como pré-diabetes, e acima de 125 mg/dL apontam diabetes.

O diabetes é classificado como tipo 1 ou tipo 2. O tipo 1 acomete de 5 a 10% dos pacientes com a doença e é causado pela destruição das células do pâncreas, provocando deficiência na produção da insulina (hormônio que regula a glicemia no sangue). O diabetes tipo 2 atinge de 90 a 95% dos casos e é resultante de defeitos na secreção e ação da insulina. O corpo até produz o hormônio, mas não em quantidade suficiente, aumentando a quantidade de glicose na corrente sanguínea.

Segundo a nutricionista Kézia Mendes Prata, qualquer diabético pode fazer uso da terapia de contagem de carboidratos, mesmo os que não usam insulina, como é o caso dos portadores do tipo 2. “Ao invés de o paciente receber uma lista de substituição de alimentos por grupos, ele será orientado pelo nutricionista a fazer as substituições adequadas para não ultrapassar a quantidade diária e por refeições de carboidratos estabelecidas. Utilizando os manuais de contagem de carboidratos, onde se encontram as quantidades exatas por medidas caseiras, e, principalmente, aprendendo a ler os rótulos, o paciente se torna capaz de fazer as contas para a ingestão proporcional constante na embalagem”, frisa.

A quantidade de insulina a ser aplicada pelo diabético é calculada e orientada pelo médico, para que se chegue ao Fator de Sensibilidade, usado para a correção da glicemia, e o Bolus de Alimentação, que é a quantidade de carboidrato para cada unidade de insulina. “Para crianças, por exemplo, é um valor; para adolescentes, outro, e para adultos varia conforme o peso”, alerta.

Os alimentos, por sua vez, contêm certa quantidade de carboidratos por porção, o que pode ser consultado em tabelas, mas esta se torna flexível, dependendo da hora do dia, da combinação do prato, por exemplo, pela quantidade de fibras na refeição, e se o paciente irá ou não praticar alguma atividade física na sequência, por isso os ajustes são constantes. “Sendo feita da maneira adequada, a contagem de carboidrato é mais um instrumento para que o diabético tenha uma vida normal e para que a criança diabética seja inserida no contexto social, da maneira mais natural possível”, completa a nutricionista.

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