Tratamento adequado ajuda a controlar a psoríase

O Dia Mundial da Psoríase, doença inflamatória crônica multifatorial, será lembrado no dia 29 de outubro, quarta-feira. Sua causa permanece desconhecida, mas sabemos que seu desencadeamento está ligado a fatores genéticos, ambientais e desordens emocionais, que conduzem a um desequilíbrio imunológico. As informações são da médica dermatologista Giovanna Prata Ciabotti.

A médica explica que, como consequência, ocorre inflamação na pele e, em alguns casos, nas articulações. Seu curso varia individualmente, assim como as manifestações clínicas. Alguns pacientes apresentam lesões localizadas, enquanto em outros as lesões podem se disseminar pela pele. O estado emocional atua de forma significativa na piora das lesões: dias ou semanas após o evento estressor, o paciente pode notar o aparecimento ou a piora das lesões de psoríase.

As pessoas devem ficar atentas aos sintomas, que podem se apresentar de diferentes formas, como, por exemplo, pela presença de lesões avermelhadas, descamativas, bem delimitadas, geralmente localizadas em cotovelos, joelhos, couro cabeludo, embora qualquer parte do corpo possa ser afetada. As lesões podem ou não ter prurido associado. Geralmente, tem caráter recorrente: frequentemente o paciente relata que some e volta no mesmo lugar.

Giovanna Ciabotti ressalta que a psoríase é uma das doenças que apresentam um fenômeno chamado Köebner: onde o paciente machuca pode aparecer lesão de psoríase (isso inclui tatuagens, por exemplo, batidas, cortes e queimaduras solares – a exposição solar intensa pode levar à piora do quadro). Entretanto, o sol na medida certa pode ser um grande aliado no tratamento da psoríase, pois apresenta função imunomoduladora.

Vale lembrar que o tratamento depende da extensão das lesões e inclui emolientes, medicações em creme e, em casos mais extensos, medicações orais ou injetáveis. A psoríase ainda não tem cura, mas, na maioria dos casos, o tratamento conduz ao controle adequado da doença.