SAÚDE

Saúde libera R$ 1 mi para combate à desnutrição infantil em Minas

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 1 milhão para combater a desnutrição infantil no estado de Minas Gerais. Os beneficiados são 20 municípios de pequeno porte

Publicado em 25/10/2014 às 19:40Atualizado em 17/12/2022 às 03:03
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O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 1 milhão para combater a desnutrição infantil no estado de Minas Gerais. Os beneficiados são 20 municípios de pequeno porte, onde ainda mais de 10% das crianças menores de cinco anos estão abaixo do peso ideal para a idade. Esta é a terceira parcela enviada às cidades mineiras que aderiram à Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (Andi), totalizando R$ 3 milhões em três anos. No Brasil, 216 cidades vão receber o montante de R$ 12 milhões neste ano.

A verba repassada aos municípios, que varia de R$ 45 mil a R$ 100 mil, pode ser utilizada nas ações relacionadas à organização da atenção nutricional, na qualificação profissional, na realização de oficinas com a comunidade sobre alimentação e nutrição, aleitamento materno e outros cuidados e também na contratação de profissionais para apoiar o cuidado integral à saúde da criança.

Os avanços brasileiros na redução da desnutrição infantil nas últimas décadas foram muito expressivos, representando uma queda de quase três vezes no déficit de peso e de duas vezes no déficit de altura para idade em crianças menores de cinco anos, somente no período de 1996 a 2006. Dados da última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, indicam que apenas 1,8% das crianças ainda apresentava déficit de peso, bem menor que o índice registrado em 1996, de 4,2%. No Sudeste, os progressos também são expressivos, saindo de 3,6% para 1,4% em dez anos.

Recente pesquisa realizada pelos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome indica que a desnutrição crônica caiu 51,4% entre as crianças do programa Bolsa Família em cinco anos. De acordo com a pesquisa “Evolução temporal do estado nutricional das crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família”, em 2008, 17,5% das crianças entre zero e cinco anos analisadas estavam abaixo da estatura indicada para a idade. Após quatro anos sob os cuidados dos profissionais do Sistema Único de Saúde, o índice desse mesmo grupo de crianças caiu para 8,5%, queda de nove pontos percentuais. Na região Sudeste, a redução foi de 54,91%, saindo do percentual de 12,2% para 5,5% no mesmo período.

Ao contrário da desnutrição aguda, determinada pelo baixo peso, a desnutrição crônica reflete longos períodos expostos a situações de fome e miséria, inclusive no ventre da mãe, comprometendo o crescimento da criança. A altura média dos perfis analisados aumentou devido a melhoria nutricional e do acesso à saúde, garantido pelo Bolsa Família. Em 2008, os meninos de cinco anos de idade mediam 107,8 centímetros, e em 2012, chegaram a 108,6 cm. Já as meninas passaram de 107,2 cm para 107,9 cm. Neste estudo foram analisadas 362 mil crianças beneficiadas pelo programa por cinco anos consecutivos, entre 2008 e 2012.

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