Ao contrário do que se espera da primavera, época do ano em que o clima costuma ser mais agradável, as altas temperaturas têm deixado diversas pessoas em estado de alerta
Ao contrário do que se espera da primavera, época do ano em que o clima costuma ser mais agradável, as altas temperaturas das últimas semanas têm deixado diversas pessoas em estado de alerta. Tradicionalmente, os idosos costumam ser bastante afetados com esse clima, principalmente aqueles que se encontram em regiões onde falta chuva em volume considerável. “Em um dia mais quente, caso não ocorra uma ingestão hídrica adequada, a desidratação será mais intensa na terceira idade”, analisa a geriatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (SP), Rossana Maria Russo Funari.
A médica ainda explica que a percepção de temperatura nessa faixa etária pode ser alterada, o que requer cuidados extras. “Nos mais longevos, existe menor percepção do calor devido à queda do metabolismo e, principalmente, à alteração do mecanismo da sede”, diz. Isso faz com que essa população procure menos a ingestão espontânea de líquidos do que os adultos jovens.
Além da desidratação, que pode ocasionar alterações de eletrólitos, sobretudo de sódio, causando confusão mental, queda de pressão e até desmaio, outras consequências devem ser consideradas. “As doenças intestinais são comuns, pois os alimentos se deterioram rápido e pode haver intoxicação alimentar e, por sua vez, diarreias e vômitos, que são muito perigosos para o idoso”, esclarece.
Como forma de prevenção, a geriatra recomenda a ingestão de líquidos (de um litro e meio a dois litros por dia), caso não haja restrição clínica. Utilizar roupas leves, evitar sair de casa na hora do almoço – horário em que a temperatura está mais elevada –, ingerir alimentos mais leves e tomar muito cuidado com a validade e o aspecto dos alimentos também fazem parte da lista de precauções.