SAÚDE

Brasil registra mais de dez mil novos casos de linfoma por ano

Segundo estimativa divulgada recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 2 mil novos casos de Linfoma de Hodgkin serão diagnosticados no Brasil em 2014

Anderson Magalhães/Jornal Arena
Publicado em 26/09/2014 às 00:48Atualizado em 16/12/2022 às 03:52
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Segundo estimativa divulgada recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 2 mil novos casos de Linfoma de Hodgkin serão diagnosticados no Brasil em 2014, sendo 1.300 novos casos em homens e 880 entre as mulheres. Os valores correspondem a um risco estimado de 1,28 casos novos a cada 100 mil homens e 0,83 a cada 100 mil mulheres.

De acordo com o hematologista Rafael Dezen Gaiolla, quando também é considerado o linfoma do tipo não-Hodgkin, são registrados cerca de 10 mil novos casos da doença no país, isto porque representa um grupo de mais de 50 doenças diferentes, com apresentações clínicas e prognósticos variados, que corresponde a mais de 70% dos linfomas. Além disso, é um dos cânceres mais incidentes em crianças. Ele lembra que o linfoma é um tipo de câncer sanguíneo que pode ocorrer em qualquer faixa etária.

Segundo o médico, o diagnóstico precoce continua sendo o maior desafio do Brasil na luta contra o linfoma. “Trata-se de uma doença prevalente que atinge geralmente a população mais jovem. Muitos pacientes demoram a receber o diagnóstico por desconhecimento sobre a forma de apresentação da doença. Por isso, na maioria das vezes essas pessoas só procuram o serviço médico quando a doença já está bem avançada, o que dificulta o tratamento”, explica.

Ainda segundo o especialista, o diagnóstico precoce ajuda para que o tratamento seja realizado em melhores condições. No entanto, isso não muda a sobrevida do paciente. “Tanto diagnosticado precocemente quanto com a doença um pouco mais avançada, de maneira geral, o tratamento será igualmente efetivo. A diferença é que, muitas vezes, para o paciente diagnosticado precocemente, pode-se fazer um tratamento mais conservador, com menos medicamentos e sem inclusão da radioterapia, já que não existe um exame para determinar se um paciente possui propensão a desenvolver a doença”, ressalta Gaiolla.

O hematologista esclarece, ainda, que é sempre importante a população conhecer os sinais do linfoma, que é composto por variados tipos da doença, divididos predominantemente em dois grupos: Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin. “Alguns têm comportamento mais agressivo, outros, menos. Os linfomas geralmente vão aparecer através do aumento progressivo dos nódulos linfáticos ou linfonodos, sem dor associada ou melhora espontânea. O importante é que as pessoas sempre estejam alertas para aumentos não habituais dos nódulos linfáticos. Quando houver dúvida, é fundamental desencadear o processo de investigação, procurando-se um médico para confirmar ou excluir a presença de linfomas”, informa o médico. Ele destaca que os linfonodos estão presentes em várias partes do corpo, como axila, virilha, ao longo do pescoço e em grande número no tórax e no abdômen.

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