SAÚDE

Cerveja faz bem à saúde, se consumida na medida certa

Há quem diga que a cerveja está entre as bebidas mais saborosas que existem. Especialmente se estiver estupidamente gelada num daqueles dias quentes de verão

Thassiana Macedo
Publicado em 14/12/2014 às 15:59Atualizado em 16/12/2022 às 03:44
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Há quem diga que a cerveja está entre as bebidas mais saborosas que existem. Especialmente se estiver estupidamente gelada num daqueles dias quentes de verão. Mas basta abrir a geladinha para aparecerem pessoas para elencar os males provocados pelo álcool, em geral, e pela cerveja em particular. No entanto, a cerveja também aparece como uma refeição completa e saudável.

De acordo com o nutrólogo paulista Wilson Rondó Júnior, todas as bebidas alcoólicas são boas para o coração, mas a cerveja em particular talvez seja a melhor delas. “Uma única cerveja por dia pode cortar, em quase um terço, o risco de doença cardíaca. Após duas horas depois do primeiro gole as artérias relaxam. Isso reduz a dureza no ‘encanamento’ e ajuda a assegurar que o sangue flua do coração. Então, esqueça aquela história de tomar uma aspirina por dia e passe a tomar uma cerveja diariamente”, frisa.

Além disso, o médico afirma que a barriga de chope é um mito. “Na verdade, a cerveja pode de fato ajudar a encolher a cintura. Um grande estudo realizado na Espanha descobriu que os bebedores de cerveja têm níveis mais baixos de gordura corporal e são menos propensos a ganhar peso do que as pessoas que não bebem. Os cervejeiros também têm menos probabilidade de se tornarem diabéticos”, alerta.

Rondó Júnior ressalta que o problema é o que acompanha a cerveja, como linguiça e queijo, e não com bolachas, salgadinhos e pretzels, pois são os carboidratos vazios desses lanches que levam ao ganho de peso. “A cerveja também é rica em silício dietético, que o corpo precisa para construir novos ossos. Cervejas cheias de lúpulo, como as ales pálidas irlandesas, têm 41,2 mg por litro, enquanto as ales pálidas têm 36,5 mg/l; as ales, 32,8 mg/l, e o chope, a média de 23,7 mg/l. Considerando que a maioria das pessoas ingere menos que 20 mg de silício por dia, o hábito de tomar cerveja pode até triplicar o nível desse elemento essencial”, informa.

O especialista lembra, ainda, que o silício na cerveja está em uma forma que o corpo pode absorver. “Como resultado, um estudo da Universidade Tufts descobriu que os bebedores de cerveja têm densidade mineral óssea mais forte no quadril do que os não bebedores”, cita. O nutrólogo destaca ainda que a cerveja pode ajudar a proteger contra a artrite reumatoide. “Conforme estudo recente, ingerir cerveja moderadamente cortará o risco de artrite reumatoide nas mulheres por quase um terço e ingerir bebidas alcoólicas em geral cortará esse risco por um quinto”, alerta Rondó Júnior.

Segundo o nutrólogo, a cerveja não só é levemente diurética, como também auxilia na diminuição da liberação de cálcio dos ossos. “Isto, por sua vez, faz parar o acúmulo de cálcio em excesso nos rins e evita a formação de pedras, que é a razão pela qual um estudo descobriu que cada garrafa de cerveja consumida por dia cortará o seu risco de ter pedras no rim em até 40%”, completa.

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