SAÚDE

Distúrbio tem tratamento através da neuropsicologia

O principal entrave ao tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é a dificuldade em receber o diagnóstico

Thassiana Macedo
Publicado em 01/10/2014 às 21:44Atualizado em 16/12/2022 às 03:52
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O principal entrave ao tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é a dificuldade em receber o diagnóstico. Uma avaliação correta e um tratamento eficiente são fundamentais para que a criança não cresça estigmatizada como o “bagunceiro da turma” ou como “vagabundo”; para que ela não fique durante anos com o desenvolvimento prejudicado na escola e na sua vida social, atrasada em relação aos outros colegas numa sociedade cada vez mais competitiva, e para minimizar consequências futuras do problema, como a propensão ao uso de drogas e o desenvolvimento de transtornos do humor, como  depressão, e de conduta.

A neuropsicóloga Sumaya Figueiredo ressalta que hoje a neuropsicologia tem muitos recursos para auxiliar e tratar as pessoas portadoras de diversos tipos de dificuldades. “Além de receber o atendimento médico, a pessoa, dispõe de recursos da neuropsicologia, com vistas a estimular cognitivamente as áreas mais prejudicadas e ensinar estratégias para a pessoa, independente da idade, compensar suas dificuldades no cotidiano. Como resultado, a pessoa melhora seu desempenho global. No caso de crianças e adolescentes, fazem parte das intervenções neuropsicológicas as orientações aos pais e à escola”, explica.

A especialista destaca que, quando uma criança só demonstra dificuldade de se concentrar em uma situação, como, por exemplo, na escola, é preciso avaliar, sem descartar a possibilidade de ser TDAH. “No entanto, é comum a pessoa de qualquer idade ser encaminhada pelo seu médico para a investigação neuropsicológica, para auxiliar na definição do diagnóstico, pelo fato de existirem outros transtornos com sintomas similares e comorbidades. Além dos vários instrumentos neuropsicológicos de que dispomos tanto para o momento da avaliação diagnóstica quanto do tratamento, é útil também a experiência de longos anos na área”, frisa.

Sumaya Figueiredo afirma que, como o TDAH possui uma origem ou causa complexa, incluindo tanto fatores genéticos quanto ambientais, é a partir do diagnóstico médico e da avaliação neuropsicológica que será possível um tratamento efetivo. “Elabora-se um plano de trabalho que inclui um programa de exercícios de estimulação cognitiva e o ensino de estratégias para aprender a compensar as dificuldades nos diversos setores da vida e, ainda, as intervenções para os aspectos comportamentais e emocionais. É preciso também oferecer orientações a familiares, escola e, se necessário, no ambiente ocupacional, no caso de adultos. O objetivo do neuropsicólogo é intervir na qualidade de vida do indivíduo como um todo, considerando os aspectos cognitivos, comportamentais, acadêmicos e ocupacionais e as interações sociais e familiares”, completa a especialista.

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