Governo federal libera R$ 40 milhões para barragem no rio Uberaba

A construção de represa no rio Uberaba foi aprovada no Ministério das Cidades. Após análise do projeto, o governo federal já confirmou liberação de R$40 milhões para executar a obra. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito Paulo Piau (PMDB) em coletiva de imprensa.

Segundo Piau, os próximos seis meses serão para a organização dos documentos técnicos e das licenças necessárias. A implantação da barragem precisa ser autorizada pelo Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) e também de licenciamento ambiental antes da abertura do processo licitatório. “Nosso cronograma prevê a construção finalizada em um ano e meio. Assim, acreditamos que a barragem estará pronta para nos atender em 2016”, acrescenta.

O prefeito ressaltou que a população da cidade deverá crescer acima da média nacional nos próximos anos e duplicar por causa dos investimentos empresariais já confirmados. Por isso, ele pondera que barragem foi projetada para suprir um total de 600 mil habitantes e deverá solucionar a questão de abastecimento por um período de 25 anos.

A represa terá capacidade para reservar dois milhões de metros cúbicos de água. O volume é suficiente para abastecer o município por três meses, sem considerar a vazão do rio Uberaba e a transposição do rio Claro. “Teremos reserva para um período longo de seca e sem chuvas”, destaca.

Já para evitar problemas de abastecimento em 2015, quando a obra ainda estará em fase de execução, o prefeito afirma que alternativas já foram planejadas com antecedência. “O El Niño poderá se repetir ano que vem e não sabemos se trará seca novamente ou abundância de chuvas. Então, estamos prevenidos para não faltar água [...], nem que tenhamos que bombear água do rio Araguari”, afirma, revelando que a medida chegou a ser cogitada este ano, mas foi descartada porque impactaria o preço da água ao consumidor.

Outras opções destacadas por Piau são os poços artesianos para captação da água do aquífero Guarani e, em último caso, a utilização da água do rio Grande, que representaria custos maiores para tratamento e bombeamento da água até a cidade. “Uberaba viveu a última crise de abastecimento agora em 2014. Para 2015, já temos o plano A, B e C para levar água até a torneira das donas de casa”, conclui.