Codemig e Prefeitura recuaram na tentativa de suspensão do arremate, justificando que os materiais disponíveis na cidade não representam contribuição significativa para retomada da obra
Ausência de lances em leilão de equipamento da fábrica de amônia demonstra que foi acertado desistir de barrar o processo, conforme analisa o prefeito Paulo Piau (MDB). Codemig e Prefeitura recuaram na tentativa de suspensão do arremate, justificando que os materiais disponíveis na cidade não representam contribuição significativa para retomada da obra. Piau argumenta que o material mais significativo para a implantação da planta de amônia estava no exterior e nem chegou a ser despachado para o Brasil por causa da paralisação do projeto.
De acordo com o prefeito, só algumas peças disponíveis no antigo canteiro de obras em Uberaba são de maior valor. “Num conjunto de 100%, o que está aqui vale 3% dos equipamentos. É uma parte pequena. Há coisas de valor, como equipamentos de depósito de amônia, que não devem ser vendidas em uma nova oportunidade”, posiciona. Ainda assim o chefe do Executivo acredita que o leilão dos equipamentos será finalizado em nova tentativa. Ele avalia que a ausência de lances das 20 empresas cadastradas pode ser um artifício para baixar o preço mínimo estipulado pela Petrobras no edital.
Por outro lado, Piau reafirmou que a decisão da Petrobras de vender os equipamentos de forma separada foi equivocada. Segundo ele, o ideal teria sido adotar o mesmo modelo de negócio da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas (MS), que será vendida integralmente para investidores privados que serão responsáveis por concluir a construção e colocar a unidade em funcionamento. “Eu acho que a Petrobras errou. Devia ter vendido o projeto todo. Mesmo que parte dos equipamentos não estivesse no Brasil, poderia vir. Foi decisão errada picotar a venda da UFN-V”, finalizou.
Apesar de 20 empresas habilitadas para o leilão de equipamentos da fábrica de amônia em Uberaba, nem uma participante apresentou lances para os 37 lotes de aparelhos colocados à venda pela Petrobras. Até o momento ainda não há previsão de abertura de novo arremate.