POLÍTICA

Servidores do Ipsemg entram em greve a partir de hoje por melhor atendimento

Foram discutidos os problemas enfrentados pelos servidores, como a suspensão do atendimento prestado por hospitais e clínicas

Thassiana Macedo
Publicado em 23/02/2018 às 07:07Atualizado em 16/12/2022 às 06:08
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Trabalhadores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) entrarão em greve a partir de hoje. O anúncio foi feito em audiência pública realizada pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na ocasião foram discutidos os problemas enfrentados pelos servidores, como a suspensão do atendimento prestado por hospitais e clínicas credenciados devido ao atraso no repasse de recursos. Uberaba possui uma unidade regional do Ipsemg e pode aderir à paralisação.

Segundo o Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg), entre as principais dificuldades estão a falta de compromisso do governo com a saúde dos servidores, a ausência de profissionais substituídos por terceirizados ou comissionados, o atraso ou cancelamento de consultas e cirurgias, a falta de transparência nas contas, o atraso no pagamento aos prestadores de serviços e hospitais credenciados e a precarização no atendimento.

Os servidores reivindicam melhora no atendimento à saúde; a incorporação do vale-alimentação ao salário base, retroativo a janeiro de 2018; ajuda de custo diária no valor de R$150 para todos os servidores ativos e aposentados, retroativo a janeiro de 2018; e abono dos dias paralisados. Com a greve, os servidores passam a trabalhar com escala de 30%, em todos os setores, até que as reivindicações sejam atendidas por Ipsemg e governo.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado (Sindpúblicos-MG), atualmente, há quatro mil servidores em todo o Estado aguardando cirurgias a serem realizadas em unidades hospitalares credenciadas pelo Ipsemg, sendo que a suspensão dos serviços no interior é ainda mais grave porque os usuários não contam com outras opções.

Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), a precarização do trabalho dos servidores ficou insustentável com o parcelamento de salários e pelo fato de que o governo deve R$200 milhões ao Ipsemg. Durante a audiência, o presidente do Ipsemg, Hugo Vocurca Teixeira, reconheceu o atraso nos repasses e anunciou que já foi pactuado um cronograma de pagamento para regularizar a prestação dos serviços da rede credenciada, sendo que algumas negociações já estão em andamento. Porém, Teixeira destaca a dificuldade em negociar com unidades hospitalares que têm exigido um aumento de até 82% na tabela de procedimentos e consultas, o que o Ipsemg não teria condições de arcar.

 

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