Documento encabeçado pelas associações comerciais de Uberaba e Uberlândia exige propostas para conter o fechamento de empresas e evitar o aumento do desemprego
Neto Talmeli
José Peixoto, presidente da Associação Comercial de Uberaba, diz que não percebe esforços do governo de Minas para conter o alto índice de fechamento de empresas Lideranças classistas vão encaminhar documento ao governador Fernando Pimentel (PT) com reivindicações do segmento empresarial ao governo mineiro. Encabeçado pelas associações comerciais de Uberaba e Uberlândia, o movimento cobra do Estado propostas para conter o fechamento de empresas e evitar o aumento do índice de desemprego em Minas Gerais. Segundo o presidente da Aciu (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba), José Peixoto, as entidades classistas do Triângulo Mineiro têm sentido o governo estadual distante, o que traz insatisfação à classe empresarial. Ele afirma que o objetivo da iniciativa é cobrar mais atenção do Estado para as demandas da região. “Não temos percebido esforços para que sejam encontradas soluções para o alto índice de empresas fechando, o aumento do desemprego e o aumento da insegurança. Queremos e merecemos mais satisfação do governo, pois representamos a classe que gera emprego e renda nesse país e não podemos continuar assistindo a tudo isso de braços cruzados", posiciona. Já o superintendente da Aciub (Associação Comercial e Industrial de Uberlândia), Márcio Adriano Bocchio, argumenta que o governo estadual precisa adotar uma postura diferente com o empresariado e criar regimes especiais de tributação para dar mais condições de trabalho ao segmento. "Ao invés de dar suporte aos empresários, o que o governo tem feito é romper acordos de regime especial e criar mais impostos. Enquanto isso acontecer, a crise continuará e tende a piorar", afirma. O documento com reivindicações será protocolado hoje. Segundo o dirigente da associação comercial de Uberlândia, o ofício é apenas o primeiro passo de um movimento das entidades classistas para cobrar ações do Estado. "Não vamos apenas entregar esse documento. Estamos criando uma espécie de comissão com as entidades classistas do Triângulo e vamos montar uma pauta de reivindicações para cobrar outras ações pontuais, com participação dos deputados e demais autoridades da região", conclui.