CIDADE

Inclusive dipirona: cerca de 24 itens seguem indisponíveis na farmácia da rede municipal

Gisele Barcelos
Publicado em 24/05/2022 às 22:01Atualizado em 18/12/2022 às 19:46
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Entre os itens que ainda estão indisponíveis na farmácia municipal em Uberaba estão Dipirona comprimido e Amoxicilina suspensão (Foto/Arquivo)

Após quase um mês de denúncia feita na Câmara Municipal, medicamentos continuam em falta nas farmácias básicas da rede municipal. Informações da Secretaria de Saúde apontam que 24 itens seguem indisponíveis no estoque da Prefeitura. Em nota, o município informou que os fornecedores foram notificados para regularizar o abastecimento, mas solicitaram mais prazo para o envio dos remédios.

Dos remédios em falta, sete itens aguardam a entrega dos fornecedores, que são das atas estaduais realizadas pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Conforme relatório do departamento de Assistência de Farmácia da Secretaria, entre os itens em falta estã Amoxicilina suspensão, Amoxicilina+ Clavulanato suspensão, Dipirona comprimido, Fenobarbital comprimido, Loratadina xarope, Prednisolona solução e Sinvastatina 20mg comprimido. 

A farmacêutica responsável pelo departamento, Gabriela Vizzotto, salientou que a lista inclui medicamentos receitados pelos médicos a pacientes com Covid-19 ou sintomas gripais, o que compromete o tratamento de pessoas que podem ter que recorrer à compra dos remédios nas farmácias privadas onde ainda são encontrados.

Segundo a nota, o setor de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde encaminhou documentos em 18 de março deste ano para notificações de atrasos relativos às compras empenhadas, envolvendo três empresas.

Duas fornecedoras apresentaram pedido de extensão do prazo para entrega e essa demanda foi encaminhada para análise da Seção de Abastecimento Farmacêutico. As duas justificaram que os atrasos são devido à dificuldade dos laboratórios brasileiros em receber o princípio ativo estrangeiro para a produção dos remédios. A terceira empresa notificada deve ser penalizada por não apresentar justificativa. “Após o período pandêmico, a importação dos princípios ativos tornou-se um grande problema devido ao aumento da cotação do dólar, elevação do consumo e da demanda com diminuição da produção por alguns países”, informou o texto.

Os demais itens em falta são de processos de compra que já esgotaram porque ocorreu um crescimento na procura pelas farmácias públicas, inclusive devido a questões socioeconômicas e um número maior de pessoas recorrendo ao Sistema Único de Saúde.“Houve aumento do consumo de medicamentos em 2021 e o quantitativo da programação de compras realizadas para esses itens não foi suficiente. Novos processos licitatórios não foram concluídos a tempo para substituir os contratos sem saldos, ocasionando o desabastecimento de alguns itens nas farmácias municipais”, justificou a responsável pelo departamento de Assistência Farmacêutica da Prefeitura.

De acordo com a técnica do departamento de Assistência de Farmácia, no momento são realizados processos licitatórios para a compra de medicamentos para suprir itens em falta. Pregões eletrônicos estão em andamento e a maioria já está em processo de homologação para assinaturas de contrato. “A SMS está empenhada em agilizar a finalização dos pregões eletrônicos e a regularização dos estoques na Seção de Abastecimento Farmacêutico. Alguns itens desses processos já restaram desertos ou fracassados, conforme dificuldades relatadas pelos fornecedores”, informou. 

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