POLÍTICA

Prefeito de BH critica antecessor por entregar hospital com 10% da capacidade

Alexandre Kalil aproveitou discurso no encontro do PHS para tecer elogios ao pré-candidato tucano Anastasia

Gisele Barcelos
Publicado em 22/07/2018 às 15:19Atualizado em 17/12/2022 às 11:42
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Apesar de se declarar neutro nas eleições majoritárias em Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, aproveitou discurso no encontro regional do PHS para tecer elogios ao pré-candidato tucano Antonio Anastasia e disparar críticas indiretas ao antecessor, Márcio Lacerda, que é pré-candidato a governador pelo PSB.

Em meio à defesa de Carlos Viana (PHS) para a disputa de vaga no Senado, o prefeito de Belo Horizonte fez uma pausa para exaltar a competência do tucano. “Apesar da minha neutralidade no governo de Minas, com muita convicção, sabemos da importância que o senhor Anastasia teve no Senado de Minas e reconhecer a mão limpa dele”, disse.

Por outro lado, Kalil fez duras críticas à abertura do Hospital do Barreiro, na capital mineira, que foi inaugurado em 2015 na gestão de Lacerda e só estava com 10% da capacidade em operação. Sem citar nominalmente o antecessor, o prefeito de BH afirmou que não houve planejamento financeiro e a população foi prejudicada. “A parede é barata, é fácil, fazer para enganar o povo. Construíram para enganar o povo e não puseram para funcionar”, rechaçou.

Mesmo assim, em entrevista à imprensa, Kalil manifestou que manterá uma postura de neutralidade e não anunciará apoio público a nenhum candidato a governador. “Vou subir no caminhão do Carlos Viana [candidato a senador] e do Franco Cartafina [candidato a deputado estadual], se ele quiser. Mas para majoritária, para governador, estou absolutamente neutro, coloquei isso como muita clareza [ao partido]”, argumentou.

A ausência do prefeito de BH pode frustrar a expectativa dos tucanos de fortalecer o palanque do presidenciável Geraldo Alckmin em Minas Gerais, caso o PHS decida por uma coligação com o PSDB. No fim de 2016, o ex-presidente do PHS Eduardo Machado chegou a afirmar que Kalil poderia ser "a ponte" do tucano paulista com o eleitorado mineiro.

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