POLÍTICA

Fracasso de leilão da planta de amônia mostra acerto na desistência, diz Piau

Codemig e Prefeitura recuaram na tentativa de suspensão do arremate, justificando que os materiais disponíveis na cidade não representam contribuição significativa para retomada da obra

Gisele Barcelos
Publicado em 25/02/2018 às 00:34Atualizado em 16/12/2022 às 06:04
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Ausência de lances em leilão de equipamento da fábrica de amônia demonstra que foi acertado desistir de barrar o processo, conforme analisa o prefeito Paulo Piau (MDB). Codemig e Prefeitura recuaram na tentativa de suspensão do arremate, justificando que os materiais disponíveis na cidade não representam contribuição significativa para retomada da obra. Piau argumenta que o material mais significativo para a implantação da planta de amônia estava no exterior e nem chegou a ser despachado para o Brasil por causa da paralisação do projeto.

De acordo com o prefeito, só algumas peças disponíveis no antigo canteiro de obras em Uberaba são de maior valor. “Num conjunto de 100%, o que está aqui vale 3% dos equipamentos. É uma parte pequena. Há coisas de valor, como equipamentos de depósito de amônia, que não devem ser vendidas em uma nova oportunidade”, posiciona. Ainda assim o chefe do Executivo acredita que o leilão dos equipamentos será finalizado em nova tentativa. Ele avalia que a ausência de lances das 20 empresas cadastradas pode ser um artifício para baixar o preço mínimo estipulado pela Petrobras no edital.

Por outro lado, Piau reafirmou que a decisão da Petrobras de vender os equipamentos de forma separada foi equivocada. Segundo ele, o ideal teria sido adotar o mesmo modelo de negócio da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas (MS), que será vendida integralmente para investidores privados que serão responsáveis por concluir a construção e colocar a unidade em funcionamento. “Eu acho que a Petrobras errou. Devia ter vendido o projeto todo. Mesmo que parte dos equipamentos não estivesse no Brasil, poderia vir. Foi decisão errada picotar a venda da UFN-V”, finalizou.

Apesar de 20 empresas habilitadas para o leilão de equipamentos da fábrica de amônia em Uberaba, nem uma participante apresentou lances para os 37 lotes de aparelhos colocados à venda pela Petrobras. Até o momento ainda não há previsão de abertura de novo arremate.

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