POLÍTICA

Saúde nega surto de meningite, mas admite pico em dezembro

Informações circulam em redes sociais e geraram alarme, mas a Vigilância em Saúde diz que houve apenas um caso da doença bacteriana

Gisele Barcelos
Publicado em 15/02/2018 às 11:08Atualizado em 16/12/2022 às 06:21
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Jairo Chagas

Diretor de Vigilância em Saúde, Nelson Rannieri, admite que houve um pico de casos de meningite em dezembro

Denúncias sobre surto de meningite bacteriana estão circulando nas redes sociais e geraram alarme esta semana em Uberaba. Postagens compartilhadas na internet relatam lotação em hospitais da cidade e cobram informações sobre o número de casos registrados, bem como campanhas de prevenção contra a doença. Apesar da mobilização, Prefeitura nega surto de meningite no município.

O diretor de Vigilância em Saúde, Nelson Rannieri, admite que houve um pico de casos de meningite em dezembro do ano passado, mas ele reforça que apenas uma ocorrência da forma bacteriana foi confirmada e as demais foram casos de meningite viral.

Rannieri argumenta que a situação está sendo monitorada e a redução já foi verificada nas suspeitas de meningite. Ele ressalta que o número de casos confirmados também diminuiu: foram 30 diagnósticos positivos de meningite viral e 1 um de meningite bacteriana em dezembro de 2017, contra apenas 14 casos confirmados da forma viral agora em janeiro e outros dois em fevereiro.

Além disso, o diretor de Vigilância em Saúde manifesta que Uberaba não tem casos de meningite bacteriana confirmados até o momento, em 2018. Das 47 suspeitas registradas em janeiro e fevereiro, nove foram descartadas e 16 casos foram confirmados de meningite viral. Oito ocorrências ainda estão em investigação. Outros 14 casos foram registrados como meningite não especificada, mas exames laboratoriais não identificaram a presença de bactérias nos pacientes.

Rannieri declara que o número de casos de meningite aumentou nos últimos meses devido à campanha da Secretaria Municipal de Saúde para aprimorar a identificação, principalmente em casos virais. Segundo ele, pacientes com sintomas suspeitos como dor de cabeça e febre são notificados para que a investigação seja feita e o paciente tratado o mais rápido possível.

O diretor de Vigilância em Saúde pondera que uma investigação para identificar o vírus que está causando os casos de meningite está sendo feita pela equipe técnica do município, em conjunto com a Superintendência Regional de Saúde. Amostras estão sendo colhidas para estudar a questão.

Rannieri acrescenta ainda que a rede está preparada para intensificar a prevenção da meningite bacteriana e assegura que todas as unidades básicas de saúde estão abastecidas com a vacina contra a doença.

A vacina meningocócica C é considerada a forma mais eficaz na prevenção da doença na forma bacteriana e segue o seguinte esquema vacinal: primeira dose aos 3 meses, segunda dose aos 5 meses, reforço aos 12 meses e um reforço ou dose única aos adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). 

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