As áreas de educação, saúde, saneamento, segurança e transporte deveriam ser prioritárias para os governos municipais e estadual. Apesar disso, elas têm ajudado a engordar a lamentável estatística de mau uso do dinheiro público em Minas Gerais, onde há 1.984 obras, no valor de R$ 2,6 bilhões, com prazos vencidos e não concluídas. A informação é do jornal O Tempo.
A pesquisa foi realizada pela reportagem no banco de dados do GeoObras, um software desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) e implantado em setembro de 2017.
Dentre as operações com prazos vencidos e não concluídas, segundo a reportagem, 428 obras estão completamente paradas, representando um gasto público de R$ 885 milhões. O banco de dados do TSE detalha 172 dessas obras, cujo valor passa de R$ 445 milhões aplicados pelos órgãos do Estado e dos municípios.
A publicação também elenca exemplos de obras paralisadas, como o Anel Viário Presidente Tancredo Neves, em Lavras; a Escola Municipal Carlos Daminano Fuzatto, em São João Del Rei; o viaduto Teleférico Pio XII; em Contagem; e o recapeamento da Via Expressa, também em Contagem. Juntos, os projetos somam mais de R$ 40 milhões e também engrossam a lista do desperdício do dinheiro público no estado.
Fator agravante é a possibilidade de o número estar subestimado. Estima-se que 1.042 intervenções estão em “modo de espera” em Minas Gerais, conforme o último levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que levou em conta as cobras com recursos federais.
Ao O Tempo, a assessoria de imprensa do TCE-MG afirmou que o banco de dados é alimentado pelos próprios municípios. Porém, a sociedade também pode alimentar a ferramenta denunciando as condições de cada construção pelo site http://geoobras.tce.mg.gov.br/cidadao.
***Com informações do Jornal O Tempo