POLÍTICA

Venda de equipamentos da fábrica de amônia não interfere no projeto

Efetivação da venda dos equipamentos da fábrica de amônia não interfere em consolidação do empreendimento por investidor privado, segundo o prefeito Paulo Piau (MDB)

Gisele Barcelos
Publicado em 12/01/2018 às 07:52Atualizado em 16/12/2022 às 07:19
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Foto/Arquivo

Prefeito Paulo Piau solicitou ao presidente da Codemig para tentar um novo adiamento do leilão junto à Petrobras

Efetivação da venda dos equipamentos da fábrica de amônia não interfere em consolidação do empreendimento por investidor privado, segundo o prefeito Paulo Piau (MDB). Codemig e Petrobras formaram grupo de trabalho no fim do ano passado para tentar barrar o leilão para a alienação do material destinado à planta de Uberaba, mas até o momento o processo segue normalmente.

Nos bastidores já circulam informações de que o presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, teria desistido das articulações para evitar o leilão e declarado que a Petrobras deve dar continuidade à venda dos equipamentos. Piau afirma que já entrou em contato com o dirigente da companhia e os dois concordam que a continuidade do leilão de equipamentos não representa o fim do projeto da fábrica de amônia.

O prefeito ressalta que a análise foi feita após visita técnica ao local e a conferência dos equipamentos deixados na cidade. Segundo ele, a estrutura principal da unidade não está entre os itens colocados à venda. “Realmente, o que está em Uberaba não faz falta para o novo projeto da planta de amônia. Os aparelhos que estavam contratados no exterior e que nem chegaram a vir ao Brasil eram a essência, não o material que está aqui. Então, o leilão aberto pela Petrobras não interfere em nada no projeto da planta, apenas na responsabilidade do governo federal e da Petrobras na confusão que aprontaram na cidade”, argumenta.

Mesmo assim, o prefeito declara que solicitou ao presidente da Codemig para tentar um novo adiamento do leilão junto à Petrobras. PP posiciona que o grupo de trabalho necessita de mais tempo para comprovar a viabilidade da venda integral das ações da unidade para um investidor privado. “O termo de cooperação foi assinado no fim do ano passado e veio o recesso. Tem algumas coisas que ainda precisam ser negociadas e o prazo está em cima, pois o leilão começa no dia 23 deste mês. Por isso, sugeri mais tempo para acabar e fechar a negociação”, acrescenta.

Caso a Petrobras mantenha o cronograma, o chefe do Executivo espera uma intervenção do Judiciário para interromper o leilão e dar tempo para finalizar as articulações. “O projeto da planta de amônia e o gasoduto não morreram”, assegura.

Codemig se cala diante de rumores de desistência de barrar o remate. Codemig não se manifestou quanto aos rumores de desistência de articulações para barrar o leilão de equipamentos da fábrica de amônia em Uberaba. A assessoria de imprensa foi acionada sobre o assunto, mas declarou apenas que não há informações a serem divulgadas pela companhia no momento. A reportagem do Jornal da Manhã ainda questionou se houve recuo do Estado quanto ao projeto de instalação da planta de amônia e do gasoduto no Triângulo Mineiro, mas não obteve resposta.

Em setembro do ano passado, o presidente da Codemig declarou que o compromisso de trazer gás para o Triângulo Mineiro estava firmado e o governo mineiro estava empenhado em buscar outro caminho para viabilizar a produção de fertilizantes na região sem o investimento da Petrobras. A declaração foi feita antes da abertura do leilão dos equipamentos da fábrica de amônia de Uberaba. Por enquanto, o arremate continua previsto para ser realizado nos dias 23, 24 e 25 de janeiro. O prazo para as empresas interessadas se cadastrarem termina hoje.

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