POLÍTICA

Protestos contra reajustes de combustíveis continuam

Postos foram novamente alvo do protesto de motoristas, ontem, contra os últimos aumentos no preço da gasolina

Thassiana Macedo
Publicado em 09/01/2018 às 07:40Atualizado em 16/12/2022 às 07:24
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Jairo Chagas

Motoristas pedem abastecimento com centavos e exigem nota fiscal

Postos de combustíveis foram novamente alvo do protesto de motoristas, ontem, contra os últimos aumentos no preço da gasolina em Uberaba. O movimento começou no fim de semana, quando cada manifestante pedia para abastecer, de forma simbólica, o equivalente a R$0,50 ou até R$1 e exigia nota fiscal.

Segundo membro do grupo de manifestantes Mário Júnior, o grupo é apartidário, não tem envolvimento de nenhum político ou partido e é formado apenas por 300 pessoas comuns que estão descontentes com a situação. “Somos um grupo de pessoas que se reuniram pelo aplicativo WhatsApp, mas infelizmente o Direita Minas está assumindo como se eles fossem os precursores de tudo. A verdade é que não apoiamos partidos, nem políticos, nem raça, nem cor, simplesmente tomamos o partido do povo de Uberaba, por isso não somos nem de esquerda, nem de direita”, explica.

Mário Júnior ressalta que o objetivo do movimento, além de exigir o direito do consumidor, é pressionar as autoridades municipais e estaduais a atuarem em benefício da população uberabense contra novos reajustes abusivos dos preços, mas também contra a formação de um cartel dos postos.

Segundo ele, após os protestos pelo menos dois postos localizados na cidade teriam baixado os preços, mas o grupo não descarta procurar o Ministério Público em Uberaba para obter melhores respostas. Em Uberlândia, além dos protestos nos postos, o movimento cercou uma distribuidora da Petrobras para alertar a população sobre aumentos abusivos.

Recentemente, a Petrobras reajustou em 1,7% o preço da gasolina para as refinarias, o que acabou sendo repassado ao consumidor final em janeiro deste ano. O governo de Minas Gerais aumentou de 29% para 31% a alíquota de ICMS sobre a gasolina e de 14% para 16% o imposto sobre o etanol, numa decisão tomada, ironicamente, no Dia da Liberdade de Impostos, e que passou a valer no dia 1º deste mês.

Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro em Minas Gerais estava em R$4,167 no fim de 2017. Este ano, o litro da gasolina em Uberaba já está sendo comercializado a R$4,799 e o etanol é encontrado por até R$3,299, conforme pesquisa do Procon. O sindicato Minaspetro afirma que o Estado está perto de ultrapassar uma carga tributária de 50% sobre os preços dos combustíveis e convocou os estabelecimentos a também aderirem ao protesto, mas a Petrobras alega que só 29% do preço da gasolina depende dela.

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