POLÍTICA

Com reforma política, Caio Narcio e MM terão de reduzir campanhas

O limite advém da reforma política, também aprovada pelo Congresso, que colocou em vigor um teto de gastos para as campanhas

Gisele Barcelos
Publicado em 15/10/2017 às 18:18Atualizado em 16/12/2022 às 09:49
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Caio Narcio e Marcos Montes precisarão readequar os gastos de campanha na próxima eleição, tomando por base os valores de 2014

Embora o Congresso tenha aprovado aumento no repasse de dinheiro público com a criação do Fundo Eleitoral, os candidatos às eleições do ano que vem terão menos dinheiro para campanhas. Os postulantes à vaga na Câmara Federal, por exemplo, não poderão ultrapassar o valor de R$2,5 milhões em despesas.

O limite advém da reforma política, também aprovada pelo Congresso, que colocou em vigor um teto de gastos para as campanhas. Em 2014, um candidato a deputado federal teve, em média, gastos de R$6,4 milhões. A estimativa para um deputado estadual em Minas foi de despesas de R$3,8 milhões. Para o ano que vem, o teto é menos da metade destes valores em ambas as candidaturas.

No caso dos parlamentares com base eleitoral na região, apenas dois teriam que reduzir os gastos de campanha. Segundo banco de dados da Justiça Eleitoral, Caio Narcio (PSDB) declarou total de R$3.987.657,71 em despesas na campanha em 2014 e Marcos Montes (PSD), R$3.180.491,28. Os valores estariam, respectivamente, 58% e 25% acima do teto estabelecido para 2018.

Por outro lado, Aelton Freitas (PR), Adelmo Carneiro Leão (PT) e Zé Silva (SD) já estariam dentro do limite estabelecido. O republicano informou gastos de R$1.811.334,70 à Justiça Eleitoral em 2014, enquanto o petista aplicou R$918.733,10 na campanha anterior e Silva R$1.418.401,59.

Para os candidatos à Assembleia Legislativa de Minas, o teto de gastos foi fixado em R$1 milhão. Tanto Antônio Lerin (PSB) quanto Tony Carlos (PMDB) estariam de acordo com a nova regra. A prestação de contas de Lerin registra R$448.795,47 em despesas na eleição de 2014 e o relatório da campanha de Tony informa aplicação de R$330,567.77 para custear a campanha.

Em Minas Gerais, o candidato ao governo estadual não poderá ultrapassar o teto de R$20 milhões, menos da metade do que gastaram os dois primeiros colocados na disputa eleitoral de 2014. Naquele ano, o governador Fernando Pimentel (PT) comunicou despesas de R$52,2 milhões e o tucano Pimenta da Veiga declarou R$43,1 milhões em gastos. A contenção de gastos também vai atingir os postulantes às duas vagas ao Senado em Minas. Em 2010, o então candidato a senador, Aécio Neves (PSDB), declarou ter gasto R$12 milhões. Para o ano que vem, a campanha não poderá ultrapassar os R$4,2 milhões.

Já os presidenciáveis não poderão exceder despesas de R$70 milhões. Para se ter uma ideia, em 2014, a então candidata Dilma Rousseff (PT) declarou gastos de R$318 milhões, enquanto seu adversário no segundo turno, Aécio Neves, bateu na casa dos R$215 milhões.

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