POLÍTICA

Após denúncias de irregularidades, governo do Estado extingue a Hidroex

Com a reestruturação, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) passa a assumir algumas responsabilidades e obrigações da Hidroex

Gisele Barcelos
Publicado em 26/09/2016 às 07:44Atualizado em 16/12/2022 às 17:14
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Após denúncia de irregularidades envolvendo o projeto Cidade das Águas, governo estadual sancionou, nesta semana, lei que extingue a Fundação Hidroex, que era responsável pelo projeto. A medida faz parte da reforma administrativa realizada pelo Executivo.

Com a reestruturação, a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) assume as responsabilidades e obrigações da Hidroex quanto aos programas, projetos, contratos e convênios celebrados. Também ficam transferidos para a Uemg os arquivos e a execução dos contratos, convênios, acordos e outras modalidades de ajustes celebrados pela fundação.

A universidade assumirá, ainda, os imóveis que fazem parte do complexo Cidade das Águas, Frutal. Os prédios serão revertidos ao patrimônio do Estado, cabendo à Secretaria de Fazenda (SEF) definir sobre a destinação.

Já os equipamentos adquiridos para o projeto em Frutal foram transferidos temporariamente para um galpão, localizado no município de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo foi evitar mais danos ao erário público, em consequência de furtos ou mesmo do desgaste dos equipamentos pela deterioração do tempo.

O material está guardado em condomínio fechado e monitorado 24 horas por dia. Tudo foi devidamente patrimoniado pelo Governo de Minas Gerais e, depois, inventariado pela empresa de logística.

Instalada em Frutal, a Cidade das Águas foi alvo de investigação da Controladoria-Geral do Estado, devido ao alto custo de instalação, com obras inacabadas e espaço ocioso. O caso desaguou em investigação do Ministério Público e sete pessoas foram presas, por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos públicos e superfaturamento de contratos da fundação Hidroex.

O ex-secretário estadual Narcio Rodrigues foi um dos acusados e responde a ações penais por crimes como organização criminosa, fraude em licitação, obtenção de vantagem indevida, lavagem de dinheiro, peculato e obstrução de investigações.

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