A decisão de libertar Narcio foi do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, o mesmo que havia concedido o primeiro habeas corpus ao tucano, no último dia 15; defesa acionou o STJ
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Ex- presidente do PSDB de Minas e ex-secretário estadual, Narcio Rodrigues não deverá voltar à prisão após deixar internação hospitalar
Internado desde sexta-feira (19), o ex-presidente do PSDB de Minas Gerais Narcio Rodrigues obteve, de forma liminar - provisória -, habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quinta-feira (25) e não precisará voltar à prisão até decisão posterior. Este é o segundo habeas corpus concedido a ele pelo mesmo ministro. Rodrigues foi preso no fim de maio na operação Aequalis, da Polícia Federal, e tinha dois mandados de prisão.
A decisão de libertar Narcio foi do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, o mesmo que havia concedido o primeiro habeas corpus ao tucano, no último dia 15. A defesa acionou o STJ depois de ter tentado, sem sucesso, a libertação do ex-dirigente tucano no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Narcio, que estava preso na penitenciária "Nelson Hungria", em Contagem, na grande Belo Horizonte, foi internado dia 19, quatro dias depois da decisão em relação ao primeiro habeas corpus. No entanto, o segundo pedido de liberdade ainda estava sem definição e só teve a votação concluída no TJMG na terça-feira, dia 16, em posicionamento contrário ao tucano. Na quinta-feira (26), essa decisão foi revertida no STJ.
Em nota, o advogado do tucano, Estevão Melo, disse que a libertação ocorreu por "equívoco dos órgãos de segurança". A Secretaria de Defesa Social disse apenas que cumpriu a determinação do TJ.
Narcio foi preso em 30 de maio na operação Aequalis, deflagrada pela Polícia Militar e pelo Ministério Público Estadual para investigar irregularidades na construção do Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada (HidroEX), construído em Frutal, terra natal do ex-secretário.
A Promotoria abriu dois processos para o caso. Um investiga a construção do HidroEX e outro apura a compra de equipamentos para o centro, por isso a necessidade de dois habeas corpus distintos para colocar o tucano em liberdade.