Em Uberaba ontem para entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida, o ministro Patrus Ananias (PT), do Desenvolvimento Agrário, fez defesa do governo
Foto/Marcos Paulo
Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, durante discurso ontem, quando ressaltou os feitos dos governos petistas
Em Uberaba ontem para entrega de unidades do programa “Minha Casa Minha Vida”, o ministro Patrus Ananias (PT), do Desenvolvimento Agrário, fez defesa do governo e contestou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A visita faz parte de ofensiva da petista para cumprir uma agenda positiva antes da votação do pedido de afastamento no Senado.
O evento em Uberaba aconteceu simultaneamente à entrega de unidades do programa habitacional em Camaçari (BA), Campos dos Goytacazes (RJ) Itapipoca (CE) e Santarém (PA). Dilma participou da solenidade no Pará e distribuiu os integrantes da equipe ministerial pelas outras cidades para ressaltar as obras e os programas sociais realizados ao longo do mandato. O pronunciamento da presidente foi transmitido ao vivo para todos os municípios.
No discurso às famílias contempladas em Uberaba, Patrus declarou não concordar com o cenário pessimista do Brasil e argumentou que o país não está parado. O ministro do Desenvolvimento Agrário ainda ressaltou que os programas sociais criados no governo do PT “mudaram a cara do país” e possibilitaram a “inclusão das pessoas”, alegando que poderá haver retrocesso das conquistas na eventual mudança no comando.
Durante a cerimônia em Uberaba, os beneficiários também acompanharam o pronunciamento da presidente, que voltou a classificar o processo de impeachment como "golpe". Dilma reafirmou que não vai se desmobilizar e continuará lutando pela continuidade do mandato.
A presidente ainda fez novamente referências indiretas ao vice Michel Temer (PMDB). Dilma citou que existe uma tentativa de tomar o poder por meio de uma “eleição indireta” no Congresso e também questionou propostas de reduzir gastos com Saúde e Educação já anunciadas pelo peemedebista. Além disso, Dilma justificou que não cometeu crime de responsabilidade e declarou que não existe embasamento para o afastamento do cargo, pois as acusações contra ela são frágeis.