POLÍTICA

Por falta de recursos, Hospital de Clínicas suspende serviços

Decisão foi divulgada em nota do Colegiado Executivo do hospital referente ao contingenciamento do serviço assistencial. O documento destaca os cortes nos repasses mensais

Publicado em 01/12/2015 às 07:27Atualizado em 16/12/2022 às 21:04
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Foto/Arquivo

Hospital de Clínicas suspende determinados serviços em virtude da falta de recursos disponíveis para a manutenção

Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC/UFTM) adota medidas radicais diante das dificuldades financeiras e suspende “as atividades que não são caracterizadas como emergência de internação, cirurgias, exames complementares e consultas iniciais”. Decisão foi divulgada em nota do Colegiado Executivo do hospital referente ao contingenciamento do serviço assistencial. O documento destaca os cortes nos repasses mensais e na produção de alta complexidade, que somam R$4,7 milhões.

A nota destaca que os repasses financeiros ao HC/UFTM sempre obedeceram a critérios técnicos e foram planejados de acordo com a disponibilidade financeira dos ministérios da Educação e Cultura e Saúde, nem sempre obedecendo ao orçamento planejado. “No momento atual esses repasses têm sofrido alterações absolutamente discordantes dos acordos previamente firmados”, ressalta a nota.

O documento a que o Jornal da Manhã teve acesso revela ainda que “as negociações com a Secretaria Municipal de Saúde, com intermediação do Ministério Público Federal, para agregar valores ao nosso contrato, foram infrutíferas, sob alegação de não haver recursos”. É relacionado na nota que desde abril a instituição recebe R$263 mil a menos por mês, mesmo produzindo o suficiente para ter direito ao recurso. Até agora essa redução soma R$1,8 milhão. Para agravar mais ainda a situação, houve R$2,9 milhões de cortes indevidos na produção de alta complexidade, somando, neste caso, uma redução de R$4,7 milhões nos repasses.

De acordo com a nota divulgada pelo Colegiado Executivo, a queda nos recursos financeiros não para aí. “O contingenciamento de repasses da Reestruturação dos Hospitais Universitários (REHUF), anualmente da ordem de R$24,9 milhões, este ano ainda não atingiu R$12 milhões”. Além disso, a situação se tornou mais crítica ainda, segundo a nota, há um mês, quando houve o atraso de 20 dias no repasse dos recursos mensalmente recebidos pela produção assistencial, que é da ordem de R$4 milhões. Este mês a instituição ainda não recebeu os valores relativos a novembro.

Diante desta situação é que o Colegiado Executivo decidiu tomar as medidas de racionamento de uso dos recursos para procurar manter as condições mínimas de segurança e qualidade. Desta forma, a circular, repassada a todos os setores da instituição, destaca que “serão suspensas as atividades que não são caracterizadas como emergência de internação, cirurgias, exames complementares e consultas iniciais. Os pacientes deverão ser orientados a procurar as secretarias de Saúde de seus municípios. Esperamos contar com a colaboração de todos para que os pacientes, foco de nossos serviços e parte mais frágil, não sejam sacrificados”, conclui.

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