Movimento Nas Ruas quer que PMU anule tombamento de casa da Dilma

Movimento “Nas Ruas” comemora decisão da Prefeitura em recuar na desapropriação de casa que pertence à família da presidente Dilma Rousseff (PT), mas quer também o cancelamento do ato que declarou o imóvel como patrimônio histórico. O decreto publicado em 2013 continua em vigor.

De acordo com uma das líderes do movimento, Sanívia Avelar, o grupo deverá continuar com os protestos até que o tombamento do imóvel seja anulado. Ela defende que não há justificativa para o título, pois a casa está abandonada e em péssimo estado de conservação. “Vamos continuar cobrando para o decreto de tombamento ser cancelado”, afirma.

Além disso, Sanívia declara que o movimento vai acompanhar o processo para o ressarcimento aos cofres municipais dos R$270 mil que foram depositados para a compra do imóvel da família da presidente. “Queremos saber se o valor será corrigido e também vamos estar atentos para a destinação que a Prefeitura dará a esse dinheiro a partir de agora”, salienta. Para a líder do movimento, o governo municipal agiu com bom senso em desistir da compra do imóvel. “Ainda mais quando a Prefeitura alega não ter dinheiro para nada”, argumenta em questionamento às declarações de queda na arrecadação ao longo deste ano.

Declarado patrimônio histórico em 2013, a casa da família de Dilma seria transformada em uma escola de artes para jovens da cidade. Em nota, a Prefeitura alegou que o processo de desapropriação foi suspenso por causa da crise financeira e da falta de recursos para começar a implantação imediata do projeto. Por outro lado, o texto encaminhado pelo governo municipal reforça que a implantação da escola de artes não será abandonada e apenas foi adiada para momento econômico mais adequado.