POLÍTICA

Crítico ao governo federal, PSTU não defende impeachment de Dilma

O atual Congresso Nacional não tem moral para votar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)

Marconi Lima
Publicado em 01/08/2015 às 23:50Atualizado em 16/12/2022 às 23:01
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O atual Congresso Nacional não tem moral para votar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Pelo menos esse é o ponto de vista do PSTU, partido que, mesmo crítico do governo petista, se coloca contra a cassação da atual governante. Segundo o presidente da sigla em Uberaba, Adriano Espíndola, o partido não deve participar da manifestação que pode ocorrer no dia 16 de agosto.

Em manifesto publicado por meio de rede social, o partido diz que muitos operários, trabalhadores e jovens, revoltados com as mentiras e com os ataques do governo do PT contra seus direitos, acabam acreditando que o impeachment pode ser uma boa solução. Adriano Espíndola disse que o partido é a favor da mobilização dos trabalhadores, para que tanto o governo quanto o Congresso, e até mesmo o Judiciário, que estão aí para dar sustentação a este sistema político, social e econômico, sejam superados por um novo modelo de sociedade.

“O impeachment não pode ser conduzido por este Congresso corrupto que está aí. De qualquer forma, lutamos desde já contra as retiradas de direitos promovidas pelo governo e pelo Congresso”, destacou Espíndola. Ele descarta qualquer possibilidade de o partido se engajar em um movimento pró-impeachment. “Não vemos possibilidade de impeachment hoje. Caso vier, seria um golpe parlamentar”, ressaltou.

Ainda em seu manifesto, o PSTU diz que é absolutamente justa a revolta dos trabalhadores. “Prevendo esta situação, o PSTU chamou voto nulo no segundo turno. Mas o impeachment não é a solução. É uma lei que dá ao Congresso Nacional o direito de destituir a presidente da República. Por esta lei, assumiria no lugar o vice-presidente, o famigerado Michel Temer (PMDB). Caso sejam destituídos os dois, presidente e seu vice, assumiria o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também do PMDB, outro notório corrupto e inimigo declarado dos direitos das mulheres e da população LGBT. Isso sem falar que toda essa movimentação para o dia 16, independentemente de quem a iniciou, está sendo usada pelo PSDB, de Aécio Neves, para se apresentar como alternativa”, destaca a nota.

Para os socialistas, não adianta tirar um governo manchado de corrupção e que está atacando os direitos dos trabalhadores para colocar outro tão corrupto quanto e que vai nos atacar do mesmo jeito para defender banqueiro. “Seria trocar seis por meia dúzia”, diz Espíndola.

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