POLÍTICA

Comissão do desarmamento pode fazer oito audiências públicas, afirma Montes

Comissão Especial que debaterá o Projeto de Lei 3722/12, que revoga o Estatuto do Desarmamento, tem 1ª reunião agendada

Marconi Lima
Publicado em 17/04/2015 às 23:41Atualizado em 17/12/2022 às 00:32
Compartilhar

A Comissão Especial que debaterá o Projeto de Lei (PL) 3722/12, que revoga o Estatuto do Desarmamento, tem sua primeira reunião agendada para a próxima quinta-feira (23). Pelo menos é o que promete o presidente do colegiado, o deputado federal Marcos Montes (PSD). Entre as iniciativas reveladas pelo parlamentar está a realização de pelo menos oito audiências públicas ainda no primeiro semestre de 2015. Ele ainda se comprometeu com a democratização e serenidade na condução dos trabalhos.

Trata-se de um assunto polêmico e que antes mesmo da retomada dos trabalhos da comissão (ela foi extinta na legislatura passada e reinstalada na atual pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha) já causa discussão entre vários setores da sociedade. Grupos favoráveis à revogação do estatuto argumentam que as autoridades responsáveis pela segurança pública não conseguem cumprir suas obrigações na sociedade, o que daria direito aos cidadãos de se defenderem da violência por seus próprios meios.

Uma outra defesa é que, desde que o estatuto passou a vigorar, em 2004, se tornou praticamente impossível conseguir um registro de armas – que demanda testes psicológicos, avaliação de antecedentes criminais, além do poder da Polícia Federal, responsável por conceder o registro, de vetar a interessados que a corporação julgar não necessitarem de porte.

Para o Instituto “Sou da Paz”, Organização Não-Governamental (ONG) que há mais de 15 anos combate a violência no país, apesar da queda de concessões desde o início da aplicação da lei, relatórios da PF mostram que, nos últimos 11 anos, 72 mil registros de armas para defesa foram concedidos a civis no país – ou seja, eles são viáveis. O Exército brasileiro ainda confirma a venda de 500 mil armas no período em território nacional.

“Nós não queremos implantar na sociedade o desejo de se fazer justiça com as próprias mãos. Queremos, sim, que o cidadão tenha pelo menos a sensação do direito de defesa. Essa é a expectativa que cerca as discussões em torno desse projeto”, disse Montes, em entrevista ao jornalista Tulio Micheli, na Rádio JM, na tarde de ontem.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por