POLÍTICA

Vereador do município é o quinto mais caro de todo o Estado

Em algumas câmaras o pacote de benefícios engloba, além do salário, recurso para o mandato – verba indenizatória – e a verba de gabinete para pagar os vencimentos dos assessores

Marconi Lima
Publicado em 25/03/2015 às 07:37Atualizado em 17/12/2022 às 00:51
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Um vereador não custa aos cofres públicos apenas o salário que recebe ao fim de cada mês. Em algumas câmaras o pacote de benefícios engloba, além do salário, recurso para o mandato – verba indenizatória – e a verba de gabinete para pagar os vencimentos dos assessores.

Em Uberaba, por exemplo, não existe a verba indenizatória. Os custos com a manutenção do gabinete são inseridos nas despesas gerais da Casa. Cada gabinete recebe uma cota já com o material disponível para escritório e conta de telefone, que também tem fixado um teto.

O jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, fez levantamento em dez cidades-polo mineiras e revelou que, somados todos os benefícios, as câmaras municipais gastam, em média, R$43,4 mil por mês para custear cada vereador. Em Uberaba, segundo o Hoje em Dia, o gasto médio é de R$40 mil/mês. O quinto maior entre as cidades pesquisadas.

Quem liderou o levantamento foi Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde cada político pode gastar até R$78 mil por mês. Das dez câmaras pesquisadas, só quatro não pagam verba indenizatória, geralmente destinada à compra de material de escritório até aluguel de veículo.

Na segunda colocação aparece a Câmara de Betim, também na Região Metropolitana. Lá, cada vereador custa R$71 mil/mês para o contribuinte da cidade. Com 27 parlamentares, a Câmara Municipal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a terceira que mais gasta para bancar seus representantes. Cada vereador custa aos cofres públicos R$67 mil mensais. A quarta é Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde cada parlamentar custa R$41 mil.

Da sexta à décima estão respectivamente Ipatinga (R$33 mil), Sete Lagoas (R$36 mil), Montes Claros (R$26 mil), Governador Valadares (R$22 mil) e Ribeirão das Neves (R$20 mil). Das dez maiores casas legislativas de Minas, seis pagam a verba indenizatória e não pretendem mudar o sistema de prestação de contas para seguir o modelo da capital. São elas: Juiz de Fora, Contagem, Sete Lagoas, Betim, Uberlândia e Governador Valadares. Nos municípios de Ribeirão das Neves, Uberaba, Ipatinga e Montes Claros, o recuso não é pago aos vereadores.

O presidente da Câmara Municipal de Uberaba (CMU), Luiz Dutra (SD), considera o valor divulgado pelo Hoje em Dia como aceitável. “Ficamos abaixo da média. Mas, o que vale mesmo é o homem público trabalhar com honestidade, transparência e dar resultados para a sociedade.”

Em Uberaba, o vereador, além do salário, cujo valor bruto é de quase R$10 mil, conta com a possibilidade de contratação de assessores até o limite de R$30 mil, para a admissão de até 17 servidores.

Os legisladores não contam com carros exclusivos. Os veículos que servem o Poder Legislativo local são de uso comum, em trânsito fundamentalmente nas atividades externas, como, por exemplo, quando comissões permanentes realizam visitas e análises de doações de áreas. Os gabinetes estão localizados em imóvel alugado na rua Tristão de Castro e são compostos de recepção e duas salas.

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