Os questionamentos sobre a paralisação do projeto e a revisão do cronograma por falta de recursos financeiros foram encaminhados à petrolífera na semana passada
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A Petrobras preferiu não se posicionar sobre risco de eventual interrupção na obra da fábrica de amônia em Uberaba. Os questionamentos sobre a paralisação do projeto e a revisão do cronograma por falta de recursos financeiros foram encaminhados à petrolífera na semana passada, após o consórcio Toyo Setal romper contrato com uma empreiteira que prestava serviços na construção e cortar 450 operários da obra.
Ontem, a Petrobras apenas informou à reportagem do Jornal da Manhã que não comentaria o assunto. O consórcio Toyo Setal também não se manifestou sobre a rescisão do contrato com a empreiteira e as demissões. Em nota encaminhada na sexta-feira (20), a assessoria de imprensa apenas comunicou que estava impedida de se posicionar por questões contratuais.
Extraoficialmente, uma das justificativas para o corte de pessoal foi a necessidade de diminuir o ritmo da obra e reajustar o cronograma de execução porque a Petrobras estaria sem recursos financeiros para dar continuidade ao projeto no momento. A conclusão da fábrica, conforme o sindicalista José Lacerda Sobrinho, seria adiada por até dois anos.
O prefeito Paulo Piau (PMDB) também posicionou que a desaceleração da obra ocorreu por motivos financeiros, mas argumentou que o cronograma de execução do projeto estava adiantado até agora e a medida não representaria atraso na entrega da fábrica.
No começo do ano, a questão financeira já lançava dúvidas sobre a construção da unidade em Uberaba devido ao corte de 25% nos investimentos previstos no plano de negócios da Petrobras para 2015. A troca na presidência da estatal também lançou dúvidas sobre a continuidade da obra. Na época, a Petrobras descartou interrupção na obra.