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Polícia Federal está em diligência desde a manhã desta terça-feira (23). Os alvos são os acusados de crimes cibernéticos e suspeitos de terem hackeado o celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro. A chamada Operação Spoofing ainda tem cumprimento de mandados de busca em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.
Quatro pessoas foram presas, inclusive um hacker suspeito de invadir o celular de Moro, e foram cumpridos 11 mandados. Segundo a revista Crusoé, ospresos também são suspeitos de terem invadido o celular do procurador Deltan Dallagnol.
“Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é”, explica a PF em nota.
Segundo o jornal O Globo, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) tinham indícios de que o ataque que expôs mensagens privadas de Moro e procuradores foi muito bem planejado e teve alcance mais amplo do que se sabia até o momento. Entre os alvos dos criminosos, estiveram integrantes das forças-tarefas da Operação Lava-Jato de ao menos três estados (Rio, Paraná e Distrito Federal), delegados federais de São Paulo, magistrados do Rio e de Curitiba.
Os ataques são investigados com duas turmas de agentes e delegados. A Procuradoria-Geral da República também abriu um procedimento para acompanhar o trabalho da polícia. A apuração desse tipo de crime é tida como complexa, e o prazo para conclusão das investigações será longo, prevê a cúpula da PF.
Após o início das investigações, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, também afirmaram que seus telefones foram invadidos.
*Com informações de O Globo e da revista Crusoé