Órgão enviou ontem resposta à consulta feita pela Secretaria de Educação de Minas, que avalia proposta feita pelo município de troca de imóvel por abatimento na dívida do Estado
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Marilda Ribeiro Resende, superintendente de Ensino, diz que atualmente todos os espaços dos prédios propostos para permuta estão ocupados e medida traria prejuízos à Educação
Superintendência Regional de Ensino se manifesta contrariamente à proposta de transferência de prédio de escola estadual para a Prefeitura. Um documento foi encaminhado ontem à Secretaria de Estado de Educação, defendendo que o imóvel não seja repassado ao município.
A superintendente regional de Ensino, Marilda Ribeiro Resende, informa que o documento foi elaborado em resposta a uma solicitação da secretaria a respeito da proposta feita pela Prefeitura para a transferência do imóvel da Escola Estadual Geraldino Rodrigues Cunha, em troca do abatimento de parte da dívida do Estado com o município.
Questionada, Marilda se posiciona contra a proposta de repasse do prédio ao município e argumenta que os espaços estão sendo devidamente usados para promover a educação para estudantes do ensino regular. “O prédio está sendo bem utilizado. Então, nesse momento, somos de parecer desfavorável. O imóvel é primordial para as atividades que estão sendo desenvolvidas”, declara.
No ofício, Marilda argumentou que a Escola Estadual Geraldino Rodrigues Cunha possui 340 alunos matriculados atualmente e todos os espaços do imóvel onde funciona estão sendo utilizados para o atendimento à demanda da comunidade escolar, nos três turnos. Ainda conforme o texto, a escola tem apresentado êxito no processo pedagógico e conta com várias ações em andamento, inclusive com atividades e oficinas do programa de Educação em Tempo Integral.
Além disso, a superintendente também se manifestou sobre o pedido referente ao prédio onde hoje funciona o Centro de Orientação e Pesquisa em Educação Especial (Ceopee) e reforçou que o imóvel também está com todos os espaços sendo utilizados para a capacitação de profissionais para atendimento aos alunos com necessidades especiais.
O ofício ainda reforça que a maioria dos alunos e professores matriculados nas turmas e cursos da Educação Especial ofertados pelo Ceopee utiliza ônibus e a localização do centro facilita o acesso por meio do transporte público. “Contamos com a compreensão dos senhores para mantermos funcionando regularmente esses dois tesouros públicos do Estado de Minas Gerais”, conclui o texto.