Para sindicato, protelar votação de reajuste prejudica servidores

Foto/Rodrigo Garcia/CMU

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Luís Carlos dos Santos, diz que a aprovação do projeto não impede novas negociações este ano

Pedido de vistas do Projeto de Lei n.º 114/2019, que reajusta os vencimentos dos salários do funcionalismo, preocupa o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU). 

O presidente Luís Carlos dos Santos reconhece que protelar a votação do PL acarreta em prejuízo à categoria, pois a administração municipal já assegurou que não existe margem para ampliar o índice proposto, de 8.8% e aplicar mais de R$20 no tíquete-alimentação. Ainda segundo ele, a aprovação também não impede que SSPMU e Prefeitura voltem à mesa de negociação no segundo semestre, como foi discutido em reunião na véspera da sessão plenária.

De acordo com ele, este entendimento foi levado para a sessão, porém, houve o pedido de vistas por parte do vereador Fernando Mendes. Conforme explica, o SSPMU defendia a inclusão de uma emenda que garantisse a retomada das negociações a partir do dia 1º de julho e, consequentemente, a aprovação do PL. “Mas infelizmente isso não foi possível, pois houve a pressão de um grupo de servidores”, diz.

Luís Carlos conta que os servidores, com salários mais baixos, querem logo o reajuste proposto pela PMU - que não deixa de ser, segundo ele, uma conquista do SSPMU.

Para ele, a protelação tem viés político que vem sendo orquestrado por um grupo de servidores que recebe salários maiores e possui outros interesses que vão além de assegurar o reajuste para a categoria. “É este o pessoal que está à frente do movimento. Claro que queremos um índice maior e não estamos satisfeitos com o índice proposto, mas temos a possibilidade de negociar. Esta é nossa posição, mas infelizmente fomos abafados por este grupo”, explica. 

O SSPMU já analisa junto ao corpo jurídico se vai se reunir com a comissão de servidores, formada na assembleia do SSPMU e ainda com o autor do pedido de vistas, vereador Fernando Mendes (PTB).