Aguardando chamado para negociação salarial com o Executivo, educadores da rede municipal esperam, no mínimo, índice de reajuste de 15,2% este ano. O percentual, conforme boletim divulgado por sindicato que representa a categoria, seria o mínimo necessário para que a Prefeitura volte a pagar o piso do magistério proporcional para jornada de 27 horas. A expectativa dos sindicalistas é que a primeira rodada de negociação ocorra ainda esta semana. No entanto, o presidente do Sindemu (Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba), Bruno Ferreira, manifestou que até ontem a reunião não havia sido marcada. Além do cumprimento integral da lei do piso nacional do magistério, os professores cobram a equiparação do tíquete-alimentação ao valor pago ao restante do funcionalismo, uma legislação para evitar a superlotação nas salas de aula, o fim do assédio moral nas unidades, a realização de mais concursos públicos, o cumprimento do 1/3 extraclasse das pedagogas e a redução da carga horária para educadores com filhos de necessidades especiais. Na semana passada o prefeito Paulo Piau (MDB) se sentou com os representantes do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba) e ofereceu ao restante do funcionalismo o índice salarial de 8,8% e aumento de R$20 no tíquete-alimentação. Em assembleia esta semana, os servidores deliberaram que aceitam o percentual de 8,8% como recomposição salarial, mas apenas se vier acompanhado também de mais 11,2% como aumento real, o que totalizaria reajuste de 20% este ano. Além disso, o funcionalismo rejeitou o aumento de R$20 no tíquete-alimentação e quer, pelo menos, R$50 de incremento no benefício.